CAMPANHA NACIONAL
DIVULGARÁ INFORMAÇÕES SOBRE
AMAZÔNIA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2001
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O ministro do Meio Ambiente,
José Sarney Filho, anunciou ontem que será
lançada em breve uma campanha nacional denominada
“Amazônia – Patrimônio Nacional”, destinada
a divulgar informações sobre a região.
Durante palestra aos estagiários da Escola Superior
de Guerra, Sarney Filho disse que a campanha utilizará
instrumentos de divulgação (mapas, Atlas
e vídeos), visando a atingir, principalmente, escolas
e universidades. “Queremos mobilizar a juventude e os
formadores de opinião, tendo em vista gerar e fortalecer
a consciência nacional sobre o desenvolvimento e
a conservação da nossa grande floresta”,
destacou.
Segundo o ministro, a grande maioria dos brasileiros possui
poucos conhecimentos sobre a realidade amazônica
e os seus complexos problemas. “A preservação
da Amazônia brasileira e da soberania nacional na
região somente estará garantida se a Nação
adquirir plena consciência da sua importância
para a grandeza do País e para o bem-estar futuro
do seu povo”, destacou.
Segundo o ministro, o fato de a Amazônia ter hoje
cerca de 165 mil Km2 de áreas já desmatadas
e abandonadas (equivalente a Santa Catarina e Espírito
Santo juntos) indica que os investimentos já realizados
pelas atividades agrícola e pecuária tradicionais
não se consolidaram e não apresentaram o
retorno econômico esperado.
No que tange às incumbências do poder público,
Sarney Filho informou sobre a adoção de
ações destinadas a modernizar e tornar ágeis
os mecanismos de controle das atividades potencialmente
degradadoras, principalmente o licenciamento ambiental
nas propriedades rurais e a aprovação de
planos de manejo florestal nos nove estados da Amazônia
legal. “Aliada a essas iniciativas de estímulo
à legalização das atividades, empreendemos
um esforço, nunca antes experimentado, em fiscalização
e monitoramento do desmatamento e das queimadas”, enfatizou.
Energia - Referindo-se à crise energética,
Sarney Filho disse que este é o melhor exemplo
para ilustrar as perdas econômicas advindas de um
descuido ambiental acentuado nos últimos anos.
Ele observou que os problemas começam com o desmatamento,
que resulta na perda de solos, provoca o assoreamento
dos rios, compondo uma cadeia de eventos de degradação
que acaba por condicionar a oferta de água nos
reservatórios, tanto para o abastecimento, quanto
para a produção de energia elétrica.
“É claro que o regime das chuvas também
contribui para a disponibilidade de água nos reservatórios.
Mas, se o regime das chuvas está alterado, sabemos
que também é por causa de um problema ambiental:
a alteração climática provocada pelo
efeito estufa. Ou seja, não há como fugir
dessa realidade: ou mudamos profundamente nossa maneira
de explorar os recursos do ambiente, ou não conseguiremos
mais desenvolver nossa economia”, afirmou.
O ministro informou ter apresentado ao Conselho Nacional
de Política Energética uma proposta de política
integrada, tendo em vista tomadas de decisões baseadas
em planos estratégicos, tanto do ponto de vista
energético como de gestão ambiental. “Propusemos
uma Agenda Ambiental para o Setor Elétrico, cujo
objetivo primeiro seria a seleção de projetos
prioritários de eficácia energética
e de menor impacto ambiental a serem analisados conjuntamente”,
prosseguiu.
“Preocupados com os impactos ambientais de diversas atividades
produtivas, temos procurado os diferentes setores econômicos
do País para, juntos, buscarmos soluções
sustentáveis para seus empreendimentos”, afirmou.
“Minha gestão é pautada pelo entendimento
com os diversos setores econômicos, tendo em vista
conciliar a produção e a conservação
ambiental”, concluiu.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa