O
governador, em vez de recebê-lo no Palácio
dos Bandeirantes, decidiu promover o encontro protocolar
no próprio Jardim Botânico. A pesquisadora
Lilian Zaidan, diretora do Instituto de Botânica,
mostrou a maquete do parque e, respondendo a uma
pergunta do ministro sobre o uso social da área,
explicou que, além de centro de pesquisa,
o Jardim Botânico recebe um grande número
de visitantes constituindo um espaço de lazer
para a comunidade.
Vinculando a imagem do Brasil à produção
de café, Tony Blair mostrou interesse pela
planta, observando os frutos nas colorações
verde, amarelo e vermelho, por causa dos estágios
diferentes de maturação. Por causa
da importância econômica da planta fez
muitas perguntas sobre as formas de cultivo, colheita
e processamento. Foi-lhe lembrado também
que o Estado de São Paulo é o maior
produtor de laranjas do mundo.
No Museu Botânico "Dr. João Barbosa
Rodrigues, cujo teto da sala central é um
majestoso vitral decorado com motivos da flora brasileira,
com destaques para as orquídeas, o ministro
recebeu da ilustradora Maria Cecília Tomasi,
uma aquarela da "Erythrina speciosa",
uma espécie que se encontra em plena época
de floração, podendo ser apreciados
vários exemplares dessa árvore na
área conhecida como Jardim de Lineu, criado
em homenagem ao botânico sueco Carl Linnaeus.
"Se eu tivesse idéia da diversidade
de plantas que iria encontrar aqui, teria antecipado
minha agenda em trinta dias para fazer essa visita",
disse o ministro ao entrar na estufa que reproduz
o ambiente natural de plantas da Mata Atlântica,
onde pode observar uma grande quantidade de orquídeas
e bromélias.
Para o secretário Ricardo Tripoli, a visita
do ministro Tony Blair ganha importância por
dar uma dimensão internacional ao Jardim
Botânico, mostrando um centro de pesquisas
que possui uma das maiores coleções
de plantas do mundo, com cerca de 350 mil espécies.
No final da visita, o governador Geraldo Alckmin
mostrou a exposição de fotos do Projeto
Pomar e fez uma explanação sobre os
trabalhos que estão sendo desenvolvidos para
a despoluição do Rio Pinheiros. O
primeiro-ministro britânico comentou que "na
próxima vez que vier ao Brasil vou encontrar
tudo isso ajardinado e florido".
Fonte: SMA – Secretaria Estadual
de Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Reportagem: Renata Egydio
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