IBAMA ENTREGA
MAIS CASAS FABRICADAS COM MADEIRA APREENDIDA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Novembro de 2001
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O Ministério do
Meio Ambiente, por meio do Ibama, entregará na
próxima sexta-feira, no município de Poxoréu,
a 250 km de Cuiabá (MT), a primeira das 150 casas
populares fabricadas em Mato Grosso com 1200 m3 de madeiras
apreendidas pelos fiscais do Instituto. Na semana passada
foram entregues casas semelhantes em Rondônia. O
programa Casa Própria, parceria do Ibama com o
Comunidade Ativa do Comunidade Solidária e o governo
estadual, e da fundação Promoção
Social (Prosol), está sendo executado pelas prefeituras
dos municípios beneficiados: Poxoréu, Tesouro,
Peixoto de Azevedo, Jauru e Confresa, que receberão
30 unidades cada.
Maria Aparecida de Oliveira, quatro filhos e marido garimpeiro
desempregado, é a primeira beneficiada em Mato
Grosso. Ela receberá as chaves das mãos
do presidente do Ibama, Hamilton Casara, às 10h.
Estarão presentes o governador do estado, Dante
de Oliveira, a primeira-dama e presidente do Prosol, Thelma
de Oliveira, o coordenador do programa do Ibama, José
Carlos Menezes, o gerente-executivo do Ibama estadual,
Leôncio Filho e o prefeito de Poxoréu, Antônio
da Silva.
No discurso que fará no ginásio de esportes
de Poxoréu, o presidente do Ibama ressaltará
a relevância social do programa e informará
que estão legalizados cerca de 50 mil m3 de madeira
exploradas indevidamente. Esta madeira estava deteriorando-se
nos postos de fiscalização por dificuldades
de uma destinação correta. Este montante,
segundo Casara, será suficiente para construir
pelo menos oito mil casas em todo o país.
O projeto estrutural das casas populares, com 50 m2 e
seis cômodos (sala, cozinha, dois quartos, banheiros
e pequena área de serviço), é do
Laboratório de Produtos Florestais do Ibama. O
programa começou pelo norte do país, responsável
por 70% da madeira em tora apreendida anualmente pelo
Ibama.
Hamilton Casara informou que as casas são construídas
em regime de mutirão, coordenado pelos prefeitos
dos municípios beneficiados. As espécies
tropicais mais usadas são ipê, jatobá,
garopeira, cerejeira, itauba e cedrinho, com durabilidade
centenária.
Madeiras mais nobres, como mogno, não são
usadas nestas construções, mas destinadas
a outros projetos com, valores agregados, como artesanatos
e fabricação de pequenos objetos de decoração
e de uso doméstico.
Devido à exploração ilegal da Floresta
Amazônica, os estados da região Norte são
responsáveis pela maior parte das apreensões
e multas de produtos e subprodutos florestais: madeira
em tora e serrada, lenha, carvão, palmito etc.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa