CNPE QUER ANÁLISE
ANTES DE DECIDIR RETOMADA DE ANGRA III
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Dezembro de 2001
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O Conselho Nacional de
Política Energética (CNPE) aprovou a realização
de estudos técnicos sobre a viabilidade técnica,
econômica e ambiental da usina nuclear Angra III,
capaz de gerar cerca de 1.200 megawatts (MW) de energia,
antes de decidir pela continuidade de sua construção.
A decisão do governo reflete a o entendimento do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que havia
se pronunciado pela realização dos estudos.
Na opinião do ministro interino do Meio Ambiente,
José Carlos Carvalho, a decisão do CNPE
representa um consenso da sociedade brasileira de que
é fundamental privilegiar a questão ambiental
quando se discute a produção energética
no país. Carvalho informou que a análise
dos estudos ambientais é essencial antes que se
decida por uma eventual retomada da construção
de Angra III. “As implicações ambientais
estão sendo, cada vez mais, levadas em conta pelo
governo”, afirmou Carvalho.
Segundo a decisão do CNPE, não haverá
prazo para a conclusão do levantamento e o estudo
de impacto ambiental deverá passar pela aprovação
do Ibama. A decisão tomada pelo CNPE também
determina que seja encontrada uma solução
para armazenagem de longo prazo dos rejeitos radioativos
de média e baixa atividades.
A decisão sobre a retomada da construção
da usina chegou a ser levada anteriormente a discussão
no CNPE, mas o ministro do Meio Ambiente, José
Sarney Filho, pediu vistas do processo. O objetivo era
ampliar as discussões sobre o uso de energia nuclear,
permitindo que a sociedade se manifestasse sobre o assunto.
O CNPE decidiu, também, desaconselhar a construção
de novas usinas nucleares no país. A decisão
consta da resolução que autorizou a realização
dos estudos para a retomada das obras de Angra III. Atualmente,
já estão em funcionamento as usinas de Angra
I e Angra II, todas na região de Angra dos Reis,
no litoral do Rio de Janeiro.
De acordo com a resolução, a criação
de novas usinas nucleares para integrar o sistema elétrico
nacional após a construção de Angra
III deve ser "postergada e condicionada à
realização de uma ampla avaliação
quanto ao uso futuro da tecnologia nuclear para a geração
de eletricidade no País".
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa