SARNEY FILHO QUER
MAIS FISCALIZAÇÃO EM REBIO NO AMAPÁ
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Dezembro de 2001
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O ministro do Meio Ambiente,
José Sarney Filho, e o presidente do Ibama, Hamilton
Casara, sobrevoaram ontem a Reserva Biológica do
Lago Piratuba (AP). Sarney Filho foi verificar os trabalhos
de combate ao incêndio que afeta a reserva desde
o último dia 7. Sarney Filho determinou ao Ibama
que aumente a fiscalização na área
da reserva, pois o fogo foi provocado por pecuaristas.
"Isto é lamentável, pois além
dos prejuízos para a biodiversidade, as terras
perdem produtividade até mesmo para a pecuária",
afirmou.
Após sobrevoar a área e conversar com técnicos
do Ibama, Sarney Filho disse que os focos de incêndio
deverão estar totalmente controlados. O Ibama está
combatendo o incêndio em duas frentes com um total
de 138 homens das brigadas antifogo do Amapá, do
Corpo de Bombeiros do Amapá e do Pará e
do Exército.
No combate ao incêndio estão sendo usados
um helicóptero, avião Búfalo da Força
Aérea Brasileira, diversos barcos e automóveis
para facilitar o acesso às áreas. Os focos
de incêndio estão sendo combatidos com a
abertura de valas de cerca de 70 cm de profundidade, pois
grande parte dos focos de incêndio são subterrâneos
e difícil controle.
A Reserva Biológica do Lago Piratuba possui uma
área de 357.000 ha e localiza-se nos municípios
de Amapá, Tartarugalzinho e Cutias do Araguari.
É constituída por diferentes ecossistemas
que abrigam rica biodiversidade de espécies da
fauna e flora amazônica, algumas das quais, ameaçadas
de extinção. Muitas espécies utilizam
a Reserva para sua reprodução e ponto de
apoio em suas rotas migratórias como o pelicano.
Avista-se ainda a águia-pescadora (Pandion haliaetus),
o maçarico (Hoploxipterus cayanus) e o tralha-mar
(Rhynchops migra), entre outros.
A variedade faunística segue o potencial proporcionado
pela grande diversidade dos habitats. No mangue, camarões,
peixes, ostras e cracas buscam abrigo no período
de crescimento, pois os predadores não conseguem
atuar devido o grande número de raízes escoras,
mantendo-se nestes locais, até atingirem um tamanho
apropriado, para que possam viver no mar.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa