A maior operação do
Ibama para apreensão de mogno na Amazônia
já apresenta os primeiros resultados. Coordenada
pelo chefe do departamento de fiscalização
do Ibama, José Leland Barroso, as primeiras balsas
deverão chegar até 10 de março
em Altamira, no Pará, com parte dos 20 mil metros
cúbicos de mogno resgatados em plena Floresta
Amazônica, a noroeste do estado, avaliados em
R$ 60 milhões. Com apoio da polícia federal
e 50 fiscais, parte da madeira retirada da fazenda Jurilândia
está descendo pelos rios Iriri e Xingu para ser
armazenada em Altamira, até o Ibama inicie a
doação a projetos sociais.
A operação para resgate do mogno explorado
ilegalmente é delicada e deverá durar
cerca de três meses. A madeira apreendida pelo
Ibama no Pará está sendo retirada da floresta
por tratores e levada às margens do rio Carajaí
por caminhões, para ser armazenada em balsas
que transportam, cada uma, 180 toras. Trabalham com
o Ibama nessa operação soldados do Batalhão
de Infantaria de Selva, do Exército e do Batalhão
Florestal da Polícia Militar.
Da região conhecida como Terra do Meio, no Pará,
o Ibama pretende resgatar 10 mil metros cúbicos
de mogno que estariam estocados perto de uma reserva
de índios Caiapós, no município
de Redenção. Só na fazenda Jurilândia
o Ibama apreendeu 28 caminhões, uma balsa, 10
carros, dois aviões, dois tratores grandes e
21 motoserras.
Leland Barroso explicou que, além de explorar
ilegalmente uma espécie em risco de extinção,
os madereiros causam grandes estragos à floresta.
Ao derrubar a madeira sem qualquer planejamento, elas
caem sobre espécies (sucupira, freijó,
massaranduba, andiroba, jatobá, entre outras),
chegando a danificar cerca de 50 metros de floresta
ao redor de cada árvore de mogno abatida clandestinamente.