O ministro do Meio Ambiente, José
Sarney Filho, apontou o Zoneamento Ecológico-Econômico
Brasil como o melhor instrumento de planejamento para
se promover o desenvolvimento sustentável no
país. "O zoneamento federal concluído
evitará equívocos porque apontará,
por exemplo, que áreas são melhores para
determinadas atividades. Esse macrozoneamento é
importante no planejamento do desenvolvimento do país",
destacou o ministro, durante solenidade de instalação
do Consórcio Zoneamento Ecológico-Econômico
Brasil, na última segunda-feira.
Em seu discurso, Sarney Filho lembrou que, desde o início
de sua gestão à frente do MMA, vem avançando
no Zoneamento Ecológico-Econômico. O programa
surgiu em 1999 e faz parte do Avança Brasil.
Esta semana o ministro instalou um consórcio
envolvendo diversos órgãos públicos
como IBGE, IPEA, CPRM, INPE e Embrapa, que têm
como missão buscar uma metodologia unificada
para instalar o ZEE no Brasil.
Sarney Filho informou que o MMA já disponibilizou
recursos para todos os estados da Amazônia, para
que eles procedam ao zoneamento estadual. O que se pretende
agora, explicou o ministro, é encontrar uma metodologia
para o ZEE federal.
Entre as principais ações do consórcio
ZEE Brasil, o ministro destacou o lançamento
do Portal ZEE Brasil, previsto para o próximo
mês. Este Portal terá estudos relativos
ao tema, incluindo monografias, teses de mestrado, doutorado,
artigos, bancos de dados e bibliografia nacional e estrangeira
sobre o tema. Os interessados no assunto terão
também acesso a listas de discussão e
poderão acompanhar de forma interativa a execução
de todos os trabalhos do consórcio, cuja administração
ficará a cargo da sala de controle.
Na reunião desta semana foram definidas 8 reuniões
de trabalho para se buscar consenso em torno da metodologia
a ser adotada para o ZEE no Brasil. "Acredito que,
encontrando a metodologia do ZEE brasileiro, sua implementação
será muito mais rápida", disse Sarney
Filho.
Os dados a serem analisados durante as próximas
reuniões já estão praticamente
prontos. O INPE, por exemplo, tem o georreferenciamento
de tudo que existe atualmente. A Embrapa dispõe
de uma experiência muito grande na questão
de solos. A ANA já tem zoneamentos específicos
de algumas bacias hidrográficas. No âmbito
do MMA, a área prioritária de implementação
será a Amazônia.
"Tenho a convicção de que concluiremos
este ano com a realização do macrodiagnóstico
ambiental do Brasil, o que nos credenciará para,
em 2003, consolidar a primeira aproximação
do zoneamento ecológico econômico do país",
concluiu o ministro.