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IBAMA DEMOCRATIZA GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Panorama Ambiental
São Paulo - Brasil
Agosto de 2002

Democratizar a gestão social e envolver todos na conservação das áreas protegidas: instituições públicas, privadas, ONGs, e representantes da sociedade civil é o que pretende o Ibama com a criação dos conselhos consultivos (para o grupo de proteção integral e as florestas nacionais), e os deliberativos (para as demais categorias). Instituídos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), aprovado em 18/07/2000, a criação de conselhos nas duzentas e trinta e três UCs federais é meta do Ibama.

Com ampla representatividade, os conselhos das unidades de conservação federais são coordenados pela Gerência de Gestão Participativa da Diretoria de Ecossistemas do Ibama. Até o momento foram oficializados trinta e um conselhos. Para o próximo mês está prevista a criação do conselho de gestão do Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, e até o final do ano deve ser viabilizada a criação de outros trinta e cinco conselhos, entre eles os das Florestas Nacionais de Jamari/RO, e de Iraqui/PR.

Quinze conselhos foram aprovados recentemente por portaria do presidente do Ibama, Rômulo Mello, para a gestão das seguintes áreas protegidas no Rio de Janeiro: Parques Nacionais da Serra dos Órgãos, de Itatiaia, de Jurubatiba, e da Tijuca; Reservas Biológicas União, Poço das Antas e Tinguá; e Estação Ecológica Tamoios.

O presidente do Ibama aprovou, ainda, a criação do Conselho Consultivo da Floresta Nacional de Ibirama, em Santa Catarina, que tem noventa dias para elaborar e publicar o seu regimento interno. Tratando-se das Flonas os membros do conselho colaboram com o Ibama na implantação dos respectivos planos de manejo. Deste conselho específico fazem parte: Ibama, prefeituras municipais de Ibirama e de Apiuna/RJ, Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí/SC, Faculdades Integradas do Vale do Itajaí/SC, Escola Agrotécnica Federal do Rio Grande do Sul, Associações Catarinense de Assistência e Defesa do Meio Ambiente e Catarinense de Engenheiros Florestais, e Federação de Rafting de Ibirama.

Das trinta unidades de conservação com conselhos formalizados, são deliberativos somente os das oito Áreas de Proteção Ambiental (APAs): do Planalto Central/DF, de Fernando de Noronha/PE, de Guaraqueçaba/PR, de Cairuçu, de Guapimirim, e de Petrópolis/RJ, do Ibirapuitã/RS, e de Cananéia-Iguapé-Peruíbe/SP. As outras vinte e duas áreas protegidas gerenciadas por conselhos consultivos são os Parques Nacionais: da Serra do Divisor/AC, da Chapada da Diamantina/BA, de Brasília/DF, da Chapada dos Veadeiros/GO, de Caparaó/MG, de Fernando de Noronha/PE, de Iguaçú/PR, de Itatiaia, da Restinga de Jurubatiba, da Serra dos Órgãos, e da Tijuca/RJ; as Estações Ecológicas de Tamoios/RJ, e de Carijós/SC; as Reservas Biológicas: Poço das Antas,Tinguá, e União/RJ; e as Florestas Nacionais de Sacará-Taquera e de Tapajós/PA, de Brasília/DF, de Ibirama/SC, de Ipanema/SP, e de Macauã/RO.

E entre as vinte e quatro Reservas Extrativistas (dezessete terrestres e sete e marinhas), três estão com os respectivos conselhos deliberativos constituídos, faltando apenas a formalização: Chico Mendes/AC, Médio Juruá/AM, e Pirijubaé/SC. As outras vinte e uma Resex estão definindo a composição dos respectivos conselhos de gestão. Rodrigo Paranhos, responsável pelo setor de Gestão Participativa do Ibama, informa as exigências necessárias para a criação dos conselhos das unidades de conservação:

- Os chefes das UCs identificam os representantes potenciais da região com implicação na área protegida (governo/os e órgãos ambientais estaduais, prefeituras, associações de moradores, de trabalhadores e outras, entidades sócio-ambientalistas, organizações não-governamentais, etc.). Em contatos individuais os sensibilizam sobre a relevância da criação do conselho para a proteção da unidade de conservação; - Em seguida os representantes do setor de Gestão Participativa do Ibama reúnem-se nas respectivas regiões com os envolvidos na criação dos conselhos para que conheçam as diretrizes do Instituto e a contrapartida de todos, indispensável para a gestão compartilhada da unidade de conservação; - Havendo concordância e representatividade na reunião é elaborado o texto da portaria com a composição dos membros que farão parte do conselho para assinatura do presidente do Ibama. O Ibama busca a paridade das entidades da sociedade civil. Rodrigo ressalta que os órgãos governamentais não podem exceder os não-governamentais.

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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