LICENÇA DE
INSTALAÇÃO DA RÉGIS BITTENCOURT
AGUARDA DEFINIÇÃO SOBRE IMPACTOS AMBIENTAIS
Panorama Ambiental
São Paulo - Brasil
Agosto de 2002
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Apesar da liberação da Licença Prévia
132/02, concedida no mês de julho pelo Ibama, que
aprova a viabilidade da duplicação da BR-116
(Régis Bittencourt), entre São Paulo e Curitiba
no trecho de transposição da Serra do Cafezal,
a Licença de Instalação somente deverá
ser concedida após a definição do traçado
definitivo da duplicação. A medida é
necessária para que o Instituto possa realizar análises
mais minuciosas para minimizar os impactos ambientais na
região.
Segundo explicou Leozildo Benjamin, da diretoria de Licenciamento
e Qualidade Ambiental (Diliq), do Ibama, a viabilidade da
obra leva em questão toda a necessidade de zelar
pelos aspectos ambientais da região e faz referência
ao resgate do patrimônio histórico nacional.
Por outro lado, ele explicou que a duplicação
vai permitir a melhoria das condições de tráfego
e, consequentemente, da segurança. Para ele, a conclusão
da obra deverá diminuir o alto índice de acidentes
e mortes na Régis Bittencourt. A melhoria das condições
para o transporte comercial também é outro
aspecto que deverá sofrer sensível melhora,
pois a BR-116 é via de acesso aos produtos e às
mercadorias do Mercosul.
Já o diretor da Diliq, Donizetti Aurélio do
Carmo, entende que não são só os benefícios
diretos, como a preservação ambiental e a
redução dos acidentes, possibilitados pela
duplicação que preocupam a direção
do Ibama. "A partir daí surgirão vários
programas, sem os quais não pode ser concedida a
Licença de Instalação. Estes programas
representam a preocupação do Ibama também
em gerar crescimento local para a população
beneficiada pelo empreendimento", afirma o diretor.
Ele explica que serão desenvolvidos programas de
Educação Ambiental, Proteção
do Patrimônio, Comunicação Social, Recolocação
ou Desapropriação, Saúde da Mão
de Obra, Controle de Ruídos, Proteção
dos Corpos Hídricos, Monitoramento da Qualidade da
Água, Recuperação de Áreas Degradadas,
Recuperação do Passivo Ambiental, Monitoramento
e Controle de Processos Erosivos, entre outros. Segundo
Donizetti, estes programas vão gerar recursos, gestão
ambiental diferenciada e mais benefícios para a população,
e buscaram, inclusive, enfatizar o fomento do desenvolvimento
local sustentável da região.
Ele conclui informando que os programas representam também
o cumprimento de uma determinação legal, com
ênfase no Programa de Compensação Ambiental
que, segundo o qual todo empreendimento com impacto no meio
ambiente deve destinar um valor mínimo de 0,5% do
total do custo para a implantação, manutenção
e criação de unidades de conservação,
como parques nacionais e reservas biológicas. "Meditas
que traduzidas, são a forma do Ibama reiterar seu
compromisso com o meio ambiente e o homem".
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
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