RIO+10: IBAMA LANÇA TRÊS
LIVROS
Panorama Ambiental
Johannesburgo - África do Sul
Agosto de 2002
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Três livros editados
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis serão lançados
dia 03 de setembro, em Johannesburgo/África do Sul,
durante solenidade de pré-encerramento da "Rio+10",
organizada pela Embaixada do Brasil em Pretória.
Estarão presentes o presidente Fernando Henrique
Cardoso, o ministro do Meio Ambiente, José Carlos
Carvalho, o presidente do Ibama, Rômulo Mello, e autoridades
dos países que participam da Conferência Mundial
sobre Desenvolvimento Sustentável.
Os lançamentos bilíngüe da Edições
Ibama - a maior editora brasileira de livros ambientais,
são: GEO Brasil-2002/Perspectivas do Meio Ambiente
no Brasil; O Verão, o inverno e o inverso - Lençóis
Maranhenses, imagens; e, Comercialização de
Produtos Madeireiros da Amazônia 1999-2000. Outros
quatro livros editados pelo Ibama estão expostos
no estande do Instituto na Rio+10: Catálogo de Árvores
do Brasil, Jalapão-Berço das Águas
do Novo Milênio, Catálogo de Postais Panorâmicos
da Biodiversidade Brasileira, e, Ecossistemas Brasileiros.
De outras editoras, o Ibama oferece mais quatro títulos
ecológicos na Conferência Mundial: três
sobre Orquídeas brasileiras de autoria da engenheira
florestal Lou Menezes, chefe do Orquidário Nacional,
e o Guia de Parques Nacionais.
GEO BRASIL-2002 - O GEO Mundial (Global Environment Outlook)
é o mais importante diagnóstico do progresso
alcançado na área de desenvolvimento sustentável
nas esferas global, nacional e regional, patrocinado pelo
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
- PNUMA. Este é o primeiro relatório brasileiro
elaborado pelo Ibama com metodologia internacional em parceria
com as mais importantes instituições públicas,
privadas e acadêmicas do país.
O GEO-Brasil-2002 deverá ser atualizado a cada dois
anos e seu imenso acervo de informações e
tendências ecológicas servirá de subsídio
às políticas e à tomada de decisões
governamentais. "Esta publicação representa
um dos maiores esforços nacionais na coleta de dados,
na sistematização, na análise e na
avaliação ambiental integrada, multissetorial
e interdisciplinar, essenciais para o manejo adequado do
meio ambiente e para a produção de um Informe
Ambiental" ressaltou o presidente o Ibama, Rômulo
Mello.
Com 447 pgs. ilustradas por mapas, gráficos e fotos
de uma das mais ricas e belas biodiversidades do mundo,
o documento envolve os aspectos sócio-econômicos
e culturais, usos do solo e do subsolo, florestas, biodiversidade,
recursos hídricos e pesqueiros, ambientes marinhos
e costeiros, atmosfera, áreas urbanas e industriais,
desastres ambientais, saúde e meio ambiente e políticas
públicas.
LENÇÓIS MARANHENSES - A integração
da natureza com o homem residente em uma unidade de conservação
é comprovada no livro "O verão, o inverno
e o inverso - Lençóis Maranhenses, imagens".
O trabalho antropológico de Álvaro de Oliveira
D'Antona demonstra que as comunidades locais convivem adequadamente
com os recursos naturais dos Lençóis Maranhenses
- região exótica formada por dunas, lagoas
e mangues protegida por três parques nacionais que
abrigam o Delta do Rio Parnaíba - o terceiro maior
do mundo e dois monumentos geológicos: Sete Cidades
e Serra da Capivara.
PRODUTOS MADEIREIROS - O incentivo à utilização
das espécies madeireiras pouco conhecidas, porém
com a mesma qualidade das tradicionais, é ressaltado
na reedição do livro "Comercialização
de Produtos Madeireiros da Amazônia 1999-2000",
de autoria do Laboratório de Produtos Florestais
do Ibama. A publicação do LPF/Ibama ressalta
a importância de informatizar as informações
sobre o uso correto dos recursos florestais para facilitar
a identificação e melhorar o processo de otimização
da cadeia de produção e de comercialização
da madeira e de seus subprodutos.
O excesso de sinonímia - nomes populares diferentes
para a mesma espécie, é apontado pelos pesquisadores
do LPF/Ibama como o maior entrave na comercialização
das madeiras menos conhecidas. Tais apelidos confundem os
compradores e os levam a um grave erro: consumir como iguais
espécies completamente distintas, reconhecem os especialistas.
"A cada dia surgem mais nomes, mesmo para espécies
já consagradas, para parecer que existem novos mercados
para madeiras antigas", denunciam os autores.
O livro destaca que as vinte espécies de madeiras
mais comercializadas na Amazônia representam 64,6
por cento do total existente na região. São
elas: Cedrinho, Angelim, Maçaranduba, Jatobá,
Faveira, Itaúba, Tauari, Peroba, Cedro, Ipê,
Louro, Mogno, Breu, Amesclão, Muiracatiara, Sumaúma,
Quaruba, Cumaru, Garapeira e Andiroba.
E informa que a madeira serrada foi a mais comercializada
na região Amazônica em 2000: dos 7,5 milhões
de metros cúbicos produzidos na Amazônia, 95,2
por cento foram consumidos no mercado nacional, e apenas
4,8 por cento foram para o exterior. Em contrapartida, o
mercado internacional absorveu 21,5 por cento dos 1,6 milhões
de metros cúbicos de madeira compensada produzida
na região, que absorveu a maior parte dos 1,3 milhão
de metros cúbicos de madeira laminada.
A publicação destaca: o setor madeireiro movimenta
anualmente R$ 4,3 bilhões, apenas com os produtos
mais significativos; estima-se em 25 milhões de metros
cúbicos de madeira em toras; as 7.595 serrarias geram
cerca de 120 mil empregos diretos e 600 mil indiretos; cada
indústria de compensado emprega uma média
de 900 operários não qualificados, sem chances
de inserção no mercado globalizado.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
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