ABERTO EM FORTALEZA O VIII ENCONTRO
DE CHEFES DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
DO IBAMA
Panorama Ambiental
Ceará - Brasil
Setembro de 2002
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Mostrar à sociedade brasileira
a real importância das unidades de conservação
do Ibama, no sentido de proteção, conservação
ambiental e da qualidade de vida, como sendo áreas
que as pessoas podem utilizar de forma correta e ainda,
que conheçam a importância da preservação
destas áreas, é a principal expectativa dos
organizadores do VIII Encontro de Chefes de Unidades de
Conservação do Ibama, que teve início
nesta quinta-feira (19/09), em Fortaleza (CE). O evento
continua até o próximo sábado e conta
com a presença de cerca de 200 técnicos, entre
chefes de Unidades de Conservação, Florestas
Nacionais e Reservas Extrativistas. A partir de domingo,
tem início também na capital cearense, o Congresso
Brasileiro de Unidades de Conservação.
"É preciso que as unidades de conservação,
como os parques nacionais, por exemplo, sejam mais utilizados
pelo público e, devemos destacar, bem usados, no
que diz respeito aos cuidados e à preservação
destas amostras de ecossistemas que cada vez ficam mais
raros", afirma o diretor de Ecossistemas do Ibama,
Júlio Gonchorosky. Para ele é importante que
as pessoas saibam dar valor e ajudem a cuidar destas áreas,
para com isso garantir seu uso de uma forma benéfica,
seja como uso direto, áreas de recreação,
reserva genética ou biológica. "Com a
utilização de forma correta estaremos abrindo
caminho para conhecermos melhor nossa biodiversidade e sua
importância", declara.
Temas
Básicos
O VIII Encontro está
sendo desenvolvido com dois temas básicos. Traçar
o perfil para um chefe de unidade de conservação
e o perfil das unidades, no sentido de classificá-las
em termos de estrutura e dificuldades de manejo, ou seja,
um mapeamento que permitirá hierarquizar as unidades
de conservação. "Temos diferentes tipos
de Parques Nacionais (Parnas) dificuldade de manejar o Parque
Nacional do Jaú, com 2.272.000,00 ha no Amazonas
é diferente do Parna do Iguaçu, com 185.262,50
ha no Paraná", exemplifica o diretor. Segundo
ele, a classificação vai permitir identificar
a estrutura que cada parque precisa. Por outro lado, no
tocante ao processo administrativo e técnico, os
participantes estão discutindo as relações
dos chefes de unidades de conservação com
as gerências executivas dos estados e com a diretoria
do órgão. "Através do resultado
deste trabalho que estamos desenvolvendo hoje, poderemos
entregar ao próximo governo diretrizes de curto e
médio e longo prazo para as unidades de conservação.
Trata-se em última instância, de um planejamento
de ação mostrando que não é
preciso inventar a roda a cada governo. Basta seguir uma
trajetória bem delineada que permita dar continuidade
ao trabalho desenvolvido", conclui o diretor.
Para o desenvolvimento dos trabalhos os participantes foram
divididos em quatro grupos com os temas: Perfil dos Chefes
de Unidades de Conservação e mecanismos para
avaliação de desempenho; Critérios
para avaliar o grau de complexidade de gestão das
Unidades de Conservação; Definição
de prioridades de ação para a Diretoria de
Ecossistemas; e Definição de competências
e atribuições: técnico versus administrativo.
Nesta quinta-feira pela manhã, após a abertura
do Encontro foi feita a apresentação da metodologia
para os trabalhos em grupo e no restante do dia e manhã
de sexta-feira, os trabalhos se resumem às discussões
de grupos. Ainda na sexta-feira, no período da tarde,
serão iniciadas as palestras, com a presença
do presidente do Ibama, Rômulo Mello que aborda o
tema: As Unidades de Conservação no contexto
político e administrativo do Ibama. Na mesma tarde
falam também do diretor de Ecossistemas, Júlio
Gonchorosky "Gestão de Unidades de Conservação
no conceito do Sistema Bio-regional". Encerrando os
trabalhos do dia, a diretora de Gestão Estratégica
do Instituto, Sandra Klosoviski, fala sobre o modelo de
gestão e o modelo operacional do Ibama.
No sábado, sempre seguidos por debates, falam o coordenador
Geral de Unidades de Conservação, abordando
o tema Interlocução/monitoramento físico
das atividades desenvolvidas nas unidades de conservação;
o coordenador geral de Criação de Unidades
de Conservação, Sérgio Brant, que destaca
o paralelo entre o aumento das áreas protegidas e
a regularização fundiária; o coordenador
geral de Ecossistemas, Luiz Fernando Nogueira Sá,
que aponta os caminhos para a Gestão Bio-regional
e Corredores Ecológicos; em seguida é a vez
da chefa de gabinete do Ministério do Meio Ambiente,
Inah Guatura, que destaca a regulamentação
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(Snuc) e os trabalhos são encerrados pela manhã,
com a palestra da técnica Margarene Lima Bezerra,
da Coordenadoria Geral de Unidades de Conservação,
falando sobre o roteiro metodológico para os Planos
de Manejo. À tarde serão apresentados os resultados
dos trabalhos dos grupos e às 18 horas, o VIII Encontro
de Chefes de Unidades de Conservação do Ibama
é encerrado após a palestra "O Dilema
da Presença Humana nas Unidades de Conservação",
a ser ministrada pelo diretor técnico da Fundação
Boticário, Miguel Milano, que também será
seguida de debate.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
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