IBAMA RECONHECE RPPN CÓRREGO
DA AURORA,
NO DISTRITO FEDERAL
Panorama Ambiental
Brasília - Brasil
Setembro de 2002
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Marcando as comemorações
do início da primavera e da Semana da Árvore,
o presidente do Ibama, Rômulo Mello, assina nesta
segunda-feira, 23/09, o Certificado de Reconhecimento da
Reserva Particular do Patrimônio Natural Córrego
da Aurora. A solenidade será na própria RPPN,
às 16h30, com a presença de autoridades, ambientalistas
e artistas. No encerramento haverá show em homenagem
à natureza e um lual. Confirmadas as presenças
do cantor Ney Matogrosso - proprietário de uma RPPN
em Saquarema/RJ e um dos pioneiros do mundo artístico
na luta pela preservação ambiental, e de diversos
artistas regionais.
A RPPN da Chácara Villa Aurora, localizada no Núcleo
Rural Desembargador Colombo Cerqueira, ao lado da cidade
satélite do Paranoá, possui 03 hectares. É
a quinta reserva natural nesta modalidade certificada no
Distrito Federal. A região é caracterizada
pela beleza cênica, contém resíduos
de mata de cobertura e de cerrados originais, além
de uma nascente de água.
"A nascente constitui o Córrego Aurora, um dos
abastecedores do Córrego Cachoeirinha que deságua
no Paranoá, afluente do São Bartolomeu que
desemboca no Rio Corumbá. O Corumbá é
formador do Paranaíba e, este, é afluente
do Paraná que junto aos rios Uruguai e Paraguai forma
o Rio da Prata", gosta de parafrasear o proprietário
da Reserva, Osvaldo Della Giustina. Ele conta que há
24 anos adquiriu a área em um local que as pessoas
diziam ser o fim do mundo, mas com a futura inauguração
da Ponte JK a RPPN ficará a apenas cinco quilômetros
da Praça dos Três Poderes, lembra o professor
universitário, filósofo e escritor.
O programa Reservas Particulares do Patrimônio Natural
foi criado em junho de 96, pelo Decreto nº 1.922, que
define RPPNs como "áreas de domínio privado
a serem protegidas especialmente por iniciativa dos seus
proprietários, mediante reconhecimento do Poder Público,
no caso o Ibama, pela relevância de sua biodiversidade,
pelo aspecto paisagístico, e por características
ambientais que justifiquem ações de recuperação".
Os titulares dessas áreas continuam seus proprietários,
pois não há desapropriações.
Nelas poderão ser desenvolvidas atividades científicas,
culturais, educacionais, recreativas e de lazer. As RPPNs
deverão ser autorizadas ou licenciadas pelo Ibama
e administradas de modo a não comprometer o equilíbrio
ecológico ou colocar em perigo a sobrevivência
das populações das espécies do local.
O presidente do Ibama ressalta que as RPPNs permitem aos
cidadãos, individualmente, e à sociedade,
preservar a natureza para as próximas gerações
com o apoio governamental. "As RPPNs são um
exemplo perfeito da viabilidade desta parceria", comemora
Rômulo Mello, ao destacar a ampliação
das áreas protegidas no Brasil como um dos principais
objetivos do Instituto.
Após a solenidade de inauguração da
RPPN está prevista a realização de
várias performances. Aproveitando a lua cheia, na
véspera, haverá um lual. Participarão
do evento artistas locais, como Paulão, componente
do Feijão de Bandido, Sol e Sampati, vindos de Alto
Paraíso com suas músicas para meditação,
e Diomar Naves, do Tocantins, com músicas telúricas.
Do Distrito Federal foram convidadas autoridades, professores,
e pessoas ligadas à questão ambiental, como
o presidente da Associação de RPPNs de Goiás/Distrito
Federal, Donizete Takarski.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
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