Panorama
 
 
 

PRÊMIO INICIATIVA EQUATORIAL 2002 É
DIVIDIDO ENTRE OS 27 SELECIONADOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2002

O Prêmio Iniciativa Equatorial 2002, instituído pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, será dividido entre os 27 projetos selecionados. Segundo os organizadores, a decisão se deveu à qualidade dos trabalhos, o que dificultou a escolha dos seis que iriam dividir o prêmio de US$ 30 mil, como estava previsto. O anúncio foi feito em Johannesburgo, na África do Sul, durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, onde dois representantes de cada um dos projetos se encontram, a convite dos organizadores.

O prêmio oferecido pelo PNUD, com o apoio do governo do Canadá e outras instituições, tem a finalidade de destacar ações de desenvolvimento sustentável e de combate à pobreza nos países cortados pela linha do Equador, onde se concentra a maior parte da biodiversidade do planeta. Foram inscritos 420 projetos de 77 países. Brasil participou com 44 trabalhos e teve quatro selecionados entre os 27 que passaram para a fase final da premiação.

Os projetos brasileiros são os seguintes: Projeto de Ordenamento da Exploração de Ostra do Mangue do Estuário de Cananéia, Associação Viva Verde da Amazônia, Bolsa Amazônia e Projeto Couro Vegetal da Amazônia.

Produtores de ostras

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, por intermédio da Fundação Florestal, concorreu ao Prêmio Iniciativa Equatorial 2002, com o Projeto de Ordenamento da Exploração de Ostra do Mangue do Estuário de Cananéia. Com o objetivo de organizar os caiçaras que se dedicavam à pesca artesanal e à coleta do molusco, o projeto resultou na constituição da Cooperativa dos Produtores de Ostras de Cananéia, hoje com 48 cooperados, que produziram 15.405 dúzias de ostras em 2000, passando a 39.225 dúzias em 2001.

O projeto foi iniciado em 1996 na esteira de diversas ações da Secretaria do Meio Ambiente como Macrozoneamento do Litoral Sul e da proposta de criação da Reserva Extrativista do Bairro Mandira. O primeiro resultado prático foi a organização da produção, o que permitiu eliminar atravessadores e aumentar a remuneração média dos cooperados, promovendo a melhoria das condições de vida dos coletores tradicionais com o aumento da produtividade.

Outro benefício foi a legalização fiscal e sanitária da atividade, com a construção de uma estação depuradora, onde as ostras passam por um processo de depuração em água esterilizada, possibilitando a certificação no Serviço de Inspeção Federal - SIF.

O manejo também foi aperfeiçoado eliminando o risco de esgotamento desse recurso natural com práticas como a suspensão da atividade durante o defeso, quando o molusco se reproduz. Para isso, foram instalados 153 viveiros para a engorda das ostras, garantindo a formação de estoques para a comercialização na entressafra. O manejo passou a ser feito com base em pesquisas, sobre a população da espécie e a capacidade máxima de coleta, realizadas pelo Instituto de Pesca, órgão da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, que também atua na coordenação do projeto.

O trabalho coordenado pela Fundação Florestal, aplicando o conceito de desenvolvimento sustentável, concilia as dimensões social, econômica e ambiental, pois organiza a comunidade caiçara, gera renda e conscientiza os envolvidos na preservação dos mangues, em cujas raízes se fixam as ostras.

 
 
Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Eli Serenza)
 
 
 
 
 
 

 

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