IBAMA LANÇA CAMPANHA DE
PROTEÇÃO
À ANIMAIS SILVESTRES NO NORTE DE MINAS
Panorama Ambiental
Minas Gerais - Brasil
Outubro de 2002
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IBAMA/MG lança a segunda
edição da campanha "Quem Ama Não
Compra", de prevenção da captura de araras,
papagaios e maritacas. Serão percorridos cerca de
100 mil km2, com 300 ninhais, já identificados.
Segundo o Gerente Executivo do IBAMA/MG, Jader Figueiredo,
o objetivo é promover a proteção de
animais silvestres em período reprodutivo, em todas
as regiões norte e noroeste de Minas Gerais, áreas
de maior captura, nesta época. Figueiredo destaca
o caráter educativo da operação. "O
Núcleo de Educação Ambiental do IBAMA,
distribuirá material educativo, fará palestras
em escolas urbanas e rurais, participará de reuniões
com sindicatos, cooperativas e Câmaras Municipais".
A Campanha foi lançada em 08 de outubro, no Escritório
Regional do Ibama, em Montes Claros/MG.
Prevenção
O Coordenador da Operação
e Chefe do Escritório Regional do IBAMA em Montes
Claros, Marcelo Condé, salienta o caráter
preventivo da campanha. "Durante 60 dias, as equipes
formadas por 20 servidores do IBAMA e 12 policiais militares,
percorrerão os pontos já identificados por
satélite (GPS), evitando a retirada dos filhotes
dos ninhais. O IBAMA, agindo dessa maneira, possibilita
que as aves completem o ciclo, ficando em condições
de voar - o que dificulta a sua captura por criminosos".
Tráfico
Minas Gerais é utilizado
como corredor pelo tráfico de animais silvestres,
principalmente de aves e pássaros. Vindas das regiões
norte e nordeste do país, diversas espécies
abastecem os mercados do Rio de Janeiro e São Paulo,
de onde seguem para a Europa, Estados Unidos e Japão.
No período de reprodução, este tipo
de comércio ilegal torna-se ainda mais expressivo.
O vale do Rio Carinhanha, no qual está situada uma
reserva de biodiversidade, o Parque Nacional Grande Sertão
Veredas, possui uma das mais valiosas áreas de captura
de animais silvestres, especialmente, araras e papagaios,
sendo um dos principais criadouros naturais destas espécies.
Os pontos mais conhecidos de comercialização
dos animais são os mercados informais, feiras livres,
receptadores de tráfico internacional e pontos especiais
de tráfico nas cidades de Brasília, Rio de
Janeiro, São Paulo, BR 116, BR 251 e BR 101.
Resultados
Dados mostram que a cada
ano o volume de animais traficados (principalmente araras
e papagaios) vem diminuindo de forma significativa, o que,
pode-se comprovar, tem acarretado aumento na população
de espécies ameaçadas de extinção.
E que cada animal apreendido corresponde a 15 animais mantidos
em sua zona de nidificação (formação
de ninhos), comprovando que a ação preventiva
mostrou-se eficiente como fator educativo e preventivo ao
tráfico de animais silvestres.
No ano passado, no período inicial da operação
foi apreendido um grande número de exemplares de
psitacídeos (araras, papagaios, maritacas), sendo
que no decorrer, houve uma considerável redução
de apreensões. Houve também um aumento na
entrega espontânea de passeriformes e psitacídeos,
mantidos em cativeiro residenciais (gaiolas), pela comunidade
em geral.
GPS
As coordenadas geográficas
foram plotadas nas veredas, nos principais pontos de captura
dos animais, pontos de apoio, trevos, pequenas vilas, locais
de tráfico, fazendas, e importantes pontos de referência
visitados pelas equipes de fiscalização.
Municípios que fazem parte da área a ser fiscalizada:
Formoso, Arinos, Chapada Gaúcha, Santa Fé
de Minas, Urucuia, Bonito de Minas, Januária, São
Francisco, Pintópolis, São Romão, Montalvânia,
Carinhanha, Manga, Itacarambi, Riachinho, Brasilândia,
Serra das Araras.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
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