|
OCEANÓGRAFA
REGISTRA OCORRÊNCIA
DA BALEIA DE BRYDE NA COSTA DE SP
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Agosto de 2003
|
|
Marcos Cesar de Oliveira/SMA
|
O
Instituto Florestal, órgão da
Secretaria do Meio Ambiente do Estado, vai
promover no próximo dia 28 de agosto,
às 9 horas, a palestra “O Projeto da
Baleia de Bryde no Parque Estadual Marinho
da Laje de Santos”. O evento vai se realizar
no auditório do Parque Estadual Alberto
Loefgren, na Rua do Horto, 931. A palestra
foi organizada pelo Centro de Estudos em Conservação
Marinha - CEMAR e será apresentada
pela diretora do Parque Estadual Marinho da
Laje de Santos, a oceanógrafa Mabel
Augustowski, que mostrará os diversos
aspectos dessa Unidade de Conservação
e a sua importância na sobrevivência
das espécies marinhas. O Projeto da
Baleia de Bryde foi criado para estudar a
ocorrência desta espécie no litoral
paulista, concentrando-se principalmente no
Parque Estadual Marinho da Laje de Santos,
embora tenham sido avistadas também
nas regiões de Ilhabela, Ilha Anchieta
e Arquipélago de Alcatrazes |
|
A baleia
de Bryde
As baleias de Bryde
são encontradas em áreas subtropicais
e tropicais na primavera e no verão. São
uma espécie ainda pouco conhecida encontrando-se,
provavelmente, sob ameaça, o que levou o
CEMAR a iniciar um projeto específico para
aprofundar o conhecimento sobre esse cetáceo.
No Brasil, a espécie ocorre principalmente
na região Sudeste, principalmente no Estado
de São Paulo e, em menor proporção,
no Rio de Janeiro, onde são avistadas em
Arraial do Cabo. O Projeto Baleia de Bryde representa
uma importante ação na conservação
de baleias ao longo da costa brasileira, seguindo
o exemplo do Projeto Baleia Jubarte, na Bahia, e
do Projeto Baleia Franca, em Santa Catarina, que
obtiveram bons resultados nos últimos 20
anos, fortalecendo a criação do Santuário
de Baleias do Atlântico Sul, que vem sendo
proposta pelo governo brasileiro desde 1999.
Parque
O Parque Estadual
Marinho da Laje de Santos é o primeiro parque
marinho do Estado de São Paulo, fundado em
27 de setembro de 1993 por meio do Decreto Estadual
no 37537, com a finalidade de proteger a fauna,
flora e a beleza cênica desse ecossistema.
O parque abrange áreas emersas, como a Laje
de Santos e rochedos conhecidos como calhaus, e
imersas, como os parcéis e fundo arenoso.
A Laje de Santos tem um formato que lembra uma baleia,
com 550 m de comprimento, 33 m de altura e 185 m
de largura, com uma área total de 5.000 hectares
de área preservada. Trata-se de uma área
de grande interesse para a conservação
da diversidade biológica na costa do Estado
de São Paulo. Cardumes como bonitos, sardinhas,
olhetes e outros são freqüentemente
observados na Laje de Santos, onde encontram abrigo,
alimento abundante e local para reprodução.
Há também espécies de peixes
não formadoras de cardumes, como as raias-manta
(também conhecidas como raias-jamanta), animal-símbolo
de Laje de Santos, que são atraídas
pela concentração de alimento. Espécies
recifais, que vivem junto ao substrato rochoso,
como frades, garoupas e bodiões, também
encontram nessa área condições
ideais para sua sobrevivência e reprodução.
Várias espécies marinhas migratórias
ameaçadas de extinção, como
baleias, golfinhos, tartarugas e aves, utilizam
essa unidade de conservação em seus
deslocamentos. A grande diversidade de flora e fauna
de fundo, como corais, esponjas, estrelas do mar,
crustáceos e moluscos, aliada a água
muito azul e transparente, torna o Parque da Laje
de Santos um dos principais pontos de mergulho e
fotografia submarina no Brasil. As aves marinhas
como o atobá-marrom e o gaivotão,
e as migratórias, como o trinta-réis,
também estão presentes no Parque,
e usam a área para alimentação
e reprodução. Para chegar ao Parque
Estadual da Laje de Santos deve-se percorrer uma
distância de cerca de 25 milhas, considerando
os principais ancoradouros do Guarujá, da
Ponta da Praia, em Santos, e do Mar Pequeno, em
São Vicente. O Parque Estadual Marinho da
Laje de Santos / Proilhas fica na Avenida Bartolomeu
de Gusmão 194, Ponta da Praia, em Santos,
SP.
Mais informações pelo tel. (13) 3261-3445
ou pelo e-mail cemar@cetesb.sp.gov.br
Fonte: SMA (www.ambiente.sp.gov.br)
Priscilla Martini