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SAIBA MAIS
SOBRE O QUE É:
A VIDA EM SOCIEDADE, O DESENVOLVIMENTO E
PROTEÇÃO
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2003
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A vida em
sociedades
Todos os seres vivos
têm a tendência de viver em grupos de
estruturas definidas, principalmente quanto à
divisão de trabalho. Desde modo, é
mais fácil obter alimentos, defender a prole,
sem contar que a possibilidade de sobrevivência
é muito maior do que com a vida isolada.
Entre os animais nota-se também a existência
de castas, que diferem entre si por funções,
e também biologicamente, como no caso das
abelhas.
As grandes diferenças entre essas comunidades
e as humanas são que o homem não difere
de outro homem biologicamente: a seleção
de trabalho é feita por seleção
resultante de hábito ou treinamento, de tendência
a aptidões mentais e de pressões sociais.
Outra diferença é que o homem, apesar
de viver em comunidade, mantém um alto grau
de individualidade - o que não acontece com
os outros seres vivos. E da atividade mental do
homem surge a originalidade, que também só
se aplica ao ser humano, e cuja ausência em
outros tipos de sociedade permite maior rigidez
de estrutura e automatismo.
Como o homem é um ser individualista e criativo,
sua dependência dos demais de sua espécie
é apenas casual e questionável. Nessas
condições, sua função
na sociedade assume aspecto de obrigações.
Dessa forma, começou a existir o senso ético
ou padrão de comportamento, única
base para uma atividade cooperativa na comunidade
humana. Não tendo base biológica,
o padrão e o comportamento só podem
derivar da compreensão, ou melhor, as obrigações
do homem para com a comunidade só são
assumidas quando entendidas suas finalidades.
O controle da qualidade do meio ambiente, por exemplo,
quando realizado por animais, em benefício
da sua comunidade, resulta de um padrão biológico.
No caso do homem, a preservação de
seu ecossistema somente será conseguida através
de um processo de conscientização
nesse sentido.
Desenvolvimento
e proteção
Entretanto, o conflito
entre desenvolvimento (produção) e
proteção ao meio ambiente dificulta
essa conscientização. A ação
da tecnologia em relação às
condições de sobrevivência do
homem é geograficamente desigual. Em algumas
áreas, a tecnologia mal aplicada gera grandes
problemas para a qualidade da vida.
Há possibilidade de se desenvolver uma tecnologia
branda, voltada para o uso de substâncias
recicláveis, fontes de energia que não
produzam resíduos que comprometam o meio
ambiente.
É preciso, também, planejar-se adequadamente
as atividades produtivas, visando a sua distribuição
racional em relação às disponibilidades
de área, de água e de recursos naturais
em geral.
Fonte: Cetesb (agência ambiental
de São Paulo)
Prof. Samuel Murgel Branco (ex diretor da Cetesb)