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EMBALAGEM
LONGA VIDA DEVE SEGUIR
PARA RECICLAGEM JUNTO COM LIXO RECICLÁVEL
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Outubro de 2003
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O paulistano
que separar o lixo para a coleta da Prefeitura deve
colocar as embalagens da Tetra Pak junto com o material
reciclável
As embalagens da
Tetra Pak, ou Longa Vida como são mais conhecidas,
devem se juntar ao lixo seco na separação
dos materiais para a coleta seletiva. Feitas de
papel (cartão), plástico (polietileno
de baixa densidade) e alumínio, as embalagens
Longa Vida são recicláveis. Em caso
de separação do lixo seco, devem ser
classificadas como papel, já que o material
é predominante em sua composição
- corresponde a 75% da embalagem, enquanto o plástico
corresponde a 20% e o alumínio a 5%.
Atualmente, cerca de 15% das embalagens Longa Vida
são recicladas e existem várias tecnologias
disponíveis. Após a coleta, elas seguem
normalmente para as cooperativas nos bairros, onde
são separadas do restante do material e comercializadas.
A principal tecnologia usada é a reciclagem
do papel e a utilização das camadas
de plástico e alumínio em indústrias
de plásticos. A separação dos
materiais é feita nas fábricas de
papel. “As indústrias de papel recebem as
embalagens e fazem a separação dos
elementos com uma pequena adaptação
da tecnologia de reciclagem de aparas de papel”,
explica Fernando von Zuben, diretor de Meio Ambiente
da Tetra Pak.
Viabilidade
Econômica
As fibras das embalagens
da Tetra Pak têm um alto valor para a indústria
de papel e papelão. “O papel da embalagem
Longa Vida tem qualidade superior, pois é
de fibra longa”, explica von Zuben. “As indústrias
o utilizam como matéria-prima para produção
de caixas de papelão, papel Kraft e palmilhas
para sapatos, entre outros”. Os demais componentes
da embalagem – alumínio e plástico
– são utilizados em fábricas recicladoras
de plásticos para a fabricação
de vassouras, escovas, canetas etc. Uma outra aplicação
possibilita a produção de telhas e
placas, que substituem a madeira na estrutura interna
de cadeiras para escritórios. “Todos esses
materiais já possuem mercado estabelecido
no Brasil”, informa o diretor de Meio Ambiente.
“As telhas, por exemplo, são mais resistentes
e possuem um maior conforto térmico. Além
de tudo isso, são 25% mais baratas, não
são tóxicas e podem ser recicladas
novamente”, completa.
Como é
feita a reciclagem
A reciclagem dos
componentes da embalagem começa nas fábricas
de papel, em um equipamento chamado “hidrapulper”,
semelhante a um liqüidificador gigante. Durante
a agitação do material com água,
as fibras são hidratadas, isto é,
absorvem água, separando-se das camadas de
alumínio/polietileno. Em seguida são
lavadas e purificadas. Após a purificação,
podem ser usadas para a produção de
diversos tipos de papel e papelão. O material
restante, composto de plástico e alumínio,
é destinado às fábricas de
processamento de plástico e reciclado através
de processos como termo-injeção e
rotomoldagem, que preparam o material pata a produção
de peças plásticas, como cabos de
pá, ventoinhas de motores, canetas, réguas,
coletores, pallets e outros.
A reciclagem para produção de placas
e telhas parte da trituração das camadas
de polietileno/alumínio, que são depois
secadas e prensadas com aquecimento. Com o resfriamento,
o material obtém a conformação
desejada e pode seguir para o mercado consumidor.
Fonte: Fundação
O Boticário (www.fundacaooboticario.org.br)
Liliana Morales