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ESPECIALISTAS
EM MACACOS-PREGO REÚNEM-SE ILHÉUS
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Outubro de 2003
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Apesar de estarem
ameaçadas de extinção, as duas
subespécies de macacos-prego existentes no
Brasil permanecem muito pouco conhecidas pela ciência.
Faltam números sobre a população
selvagem desses primatas e dados sobre sua ecologia.
Para agravar a situação, o macaco-prego-do-peito-preto
(Cebus robustus) e macaco-prego-do-peito-amarelo
(Cebus xanthosternos) são animais nativos
de florestas de Mata Atlântica e de Cerrado,
dois dos biomas mais ameaçados do país.
Estabelecer uma estratégia para tentar salvar
os macacos-prego é o principal desafio dos
especialistas que se reúnem entre os dias
6 e 8 de outubro em Ilhéus, BA.
Será a terceira reunião do comitê
de especialistas criado pelo Ibama para estabelecer
as bases de um programa brasileiro voltado para
a conservação dos macacos-prego. Além
de tentar encontrar uma forma para recuperar os
últimos indivíduos selvagens, o comitê
também deverá traçar um plano
que defina o que pode ser feito com a população
de cerca de sessenta macacos-prego existentes em
zoológicos e criadouros conservacionistas
espalhados pelo Brasil, Estados Unidos e Europa.
O macaco-prego-do-peito-amarelo ocupa trechos de
floresta no sudeste da Bahia e norte de Minas Gerais.
Alimenta-se de frutas, insetos, pássaros
jovens e ovos. Possui hábitos diurnos e prefere
ocupar os topos das árvores, raramente descendo
ao chão. Se um filhote do grupo se perde
da mãe, os demais cuidam dele e o alimentam
até que adquira independência.
Habitante das regiões Norte e Centro-Oeste
do Brasil, o macaco-prego-do-peito-preto é
conhecido como um dos mais robustos e inteligentes
macacos do Novo Mundo. É capaz, por exemplo,
de aproveitar objetos encontrados na natureza e
utilizá-los como ferramentas. Já foram
observados usando pedras afiadas para ajudar a abrir
cascas de frutos resistentes. Vive em grandes grupos
e se alimenta de frutos, insetos, ovos e filhotes
de aves. Sua principal ameaça vem dos desmatamentos
e queimadas realizados para o estabelecimento de
pastagens.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de comunicação