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CAMPANHA
VIRTUAL ÁREAS PROTEGIDAS EM PERIGO
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2003
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Campanha virtual
Áreas Protegidas em Perigo: contra proposta
que restringe a criação de áreas
de proteção ambiental e a demarcação
de Terras Indígenas e deverá ser votada
no dia 11/06 Para participar, clique <http://www.socioambiental.org/website/campanha/pec/cyberaction.asp>
aqui!
Áreas Protegidas em Perigo, para pressionar
o Senado Federal a rejeitar a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 38/99, do senador Mozarildo
Cavalcanti (PPS/RR), que altera os artigos 52, 225
e 231 da Constituição Federal de 1988
para limitar em 50% a área de cada Estado
passível de ser transformada em Unidade de
Conservação (UC) ou Terra Indígena
(TI), assim como incluir entre as competências
do Senado a aprovação da homologação
de TIs, hoje uma tarefa exclusiva do Executivo.
Em tramitação desde 1999, a proposta
deverá ser votada em primeiro turno no dia
11 de junho.
O limite sugerido pela PEC restringe a possibilidade
do país proteger e utilizar adequadamente
seus recursos naturais, comprometendo em particular
a autonomia de Estados e municípios de gerirem
seus territórios a partir de prioridades
regionais e locais. A criação de UCs,
como parques nacionais, parques estaduais, estações
ecológicas e reservas extrativistas, representa
hoje um dos mais importantes instrumentos de proteção
e uso sustentável de nossas áreas
naturais e está prevista pela Constituição
Federal de 1988 como
uma das atribuições do Poder Público.
É também uma das obrigações
do Brasil como signatário da Convenção
sobre Diversidade Biológica (CDB) durante
a Rio-92, com a ratificação pelo Congresso
Nacional em 1994.
Embora seja genérica para todo o país,
a proposta atinge especialmente a Amazônia,
que concentra a maior parte de nossa cobertura florestal,
cerca de 4 milhões de km2, e abriga 170 povos
indígenas e milhares de comunidades tradicionais,
e onde, portanto, ainda é possível
concretizar efetivamente a experiência de
sustentabilidade no país.
Em relação aos direitos territoriais
indígenas, a PEC nega o reconhecimento dos
direitos originários dos povos indígenas
sobre as terras que tradicionalmente ocupam, ou
seja, direitos que são entendidos como
anteriores à própria existência
do Estado, uma das principais conquistas obtidas
com a Constituição Federal de 1988.
Além disso, a intenção de submeter
a aprovação da homologação
de Terras Indígenas ao Senado configura inadmissível
ingerência de poderes. Isso porque os procedimentos
administrativos para a demarcação
de Terras Indígenas, que envolvem a Fundação
Nacional do Índio (Funai), o Ministério
da Justiça e a Presidência da República,
obedecem aos princípios constitucionais do
contraditório e da ampla defesa e prevêem
a contestação da demarcação
dessas áreas por estados, municípios
e terceiros interessados, até mesmo por parlamentares.
Para você que participou da campanha SOS Florestas,
pedimos que colabore mais uma vez contra a ameaça
ao desenvolvimento sustentável do país
e também contra os direitos territoriais
indígenas.
Fonte: Instituto Socioambiental
(www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa (Cristiane Fontes)