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SEMINÁRIO
DISCUTE RELAÇÃO
ENTRE BAMBU E INCLUSÃO SOCIAL
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2003
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Como parte das atividades
comemorativas da Semana do Meio Ambiente o Ibama
realizou na última terça-feira (03/06),
em Brasília, o seminário Desenvolvimento
Tecnológico, Meio Ambiente e Inclusão
Social. Os temas em discussão, no auditório
do instituto, são “Bambu e inclusão
social” e “Tecnologia de madeira e qualidade de
vida”.
Pela manhã, durante a solenidade de abertura
do evento, o presidente do Ibama, Marcus Barros,
lembrou que uma das primeiras observações
que fez ao assumir a direção do órgão,
era a de que ele estava sendo empossado como o primeiro
presidente que vinha da área de ciência
e tecnologia. Isso, segundo ele, representa um novo
desafio: juntar as tarefas inerentes ao Instituto
com o conhecimento e tecnologia.
“Senti isso como um grande desafio e responsabilidade”,
disse Barros. Segundo ele “ciência e tecnologia
e recursos humanos tem que andar par e passo” e
sua gestão à frente do Ibama tem o
desafio de dar início a este processo. “É
uma demanda do Governo Lula que cada uma das áreas
governamentais elabore programas e ações
visando a inclusão social. A área
do Meio Ambiente é uma das que possuem grande
transversalidade e que, portanto, tem possibilidade
de abrigar programas demandados para as diversas
áreas de conhecimento”, comenta a assessora
do Ibama, Gláucia Maria Gleibe de Oliveira.
A assessora explica que o bambu é uma gramínea
que pode ser bastante utilizada para recuperação
de áreas degradadas. Através de manejo,
acrescenta, pode também servir de matéria
prima de artefatos de usos diversos e também
“formando cooperativas com populações
de baixa renda, para propiciar a geração
de emprego e renda”.
Ao encerrar a solenidade Barros lembrou que num
governo que se quer democrático, a ciência
e tecnologia devem estar a serviço do desenvolvimento
social. “Os que não tiveram chance tem que
ser chamados a participar das benesses. Para isso,
temos que criar um link e o bambu é uma das
armas para isso”, afirmou ao comentar o tema da
mesa redonda “Bambu e inclusão social”.
O seminário teve na primeira mesa redonda
os seguintes temas e expositores: Design de equipamentos
para deficientes e o uso do bambu, por José
Luiz Mendes Ripper, da PUC/RJ; O uso do bambu em
projetos arquitetônicos, com Jaime G. de Almeida,
da UNB; O bambu como elemento na construção
civil, por Antônio L. Beraldo (Unicamp); e
A utilização do bambu em programas
de inclusão social, exposto por Alejandro
Luiz Pereira da Silva, do Sebrae/AL.
A segunda mesa redonda “Tecnologia de Madeira e
Qualidade de Vida”, iniciada à tarde, com
palestrantes do Laboratório de Produtos Florestais
(LPF), do Ibama, tem como temas: Habitação
popular em madeira, com exposição
de Roberto Lecomte de Mello; Painéis à
base de resíduos vegetais, por Divino E.
Teixeira e “Valorização energética
de resíduos”, com abordagem de Marcus Vinícius
da Silva Alves.