O
Greenpeace tomou conhecimento do problema
no dia 04 de abril e logo enviou um comunicado
às autoridades brasileiras (3) e holandesas.
O governo holandês, em carta de 07 de
abril ao governo brasileiro, confirmou a contaminação
do carregamento (4). O IBAMA, também
em 07 de abril e em reação ao
documento enviado pelo governo holandês,
informou que o material tóxico seria
impedido de descarregar no país e que
deveria retornar ao país de origem
(5). Como medidas para proibir o descarregamento,
informou que foram acionados os escritório
regionais responsáveis pelos prováveis
portos de atracamento (6).
Para o Greenpeace, qualquer que fosse a concentração
de MPA do carregamento, ele deveria ter sido
proibido, pois esse hormônio está
proibido desde 1961 na Holanda, e desde 1989
na Europa (7), e também porque o resíduo
proveniente do processo de produção
de álcool com melaço também
é tóxico.
O Greenpeace foi informado de que na próxima
semana outro carregamento contendo melaço
contaminado com até 30 ppb de MPA deverá
partir da Holanda com destino ao Brasil. "Queremos
que esse carregamento também seja proibido.
É inadmissível que os governos
da Holanda e do Brasil autorizem tal carregamento",
afirmou Butcher.
Esse caso demonstra a necessidade urgente
de que a Emenda da Convenção
da Basiléia, também conhecida
como a "Proibição da Basiléia",
que veta a exportação de lixo
tóxica de países desenvolvidos
para países em desenvolvimento, entre
em vigor o quanto antes. "O Greenpeace
demanda que o governo brasileiro envie o mais
breve possível a emenda desta Convenção
ao Congresso para ser ratificada", concluiu
Butcher (8). |