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IBAMA E
ONG’S ATUARÃO JUNTOS NA FISCALIZAÇÃO
DE CRIMES AMBIENTAIS NA MATA ATLÂNTICA
Panorama Ambiental
Tamandaré (PE) – Brasil
Julho de 2003
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O Ibama e as organizações
não-governamentais que atuam nos dezessete
estados onde existem remanescentes da Mata Atlântica
definirão uma proposta de atuação
conjunta para prevenir e combater crimes contra
a fauna e a flora. A proposta, que poderá
servir de modelo para outras regiões, será
o resultado do seminário que acontece até
o próximo dia 11 em Tamandaré, a 110
quilômetros de Recife.
O encontro, realizado pela Diretoria de Proteção
Ambiental do Ibama, como apoio do Ministério
do Meio Ambiente, é uma antiga reivindicação
da Rede de ONG’s da Mata Atlântica, que representa
cerca de 260 entidades ambientalistas. O objetivo
comum é proteger o bioma atualmente reduzido
a menos de oito por cento de sua cobertura original
e que abriga grande variedade de espécies
de animais e plantas, muitas delas ainda desconhecidas
pela ciência.
Nesta quarta-feira, primeiro dia das discussões
entre os participantes do seminário, um ponto
já é consenso para ambos os lados:
o governo sozinho não será capaz de
controlar os crimes ambientais na Mata Atlântica.
“A saída é convocar a sociedade civil
para participar do trabalho”, defendeu o presidente
do Ibama, Marcus Barros, na abertura do evento.
Algumas experiências em curso no país,
sobretudo na Bahia, demonstram que a união
dos esforços resulta em benefícios
para todos, sobretudo para o meio ambiente. Para
a coordenadora institucional da Rede Mata Atlântica,
Geovana Cartaxo, a principal solicitação
é a transparência na fiscalização
dos crimes ambientais para que a sociedade possa
se inserir, compreender e acompanhar o processo.
“Apesar de a fiscalização ser um dever
do Estado, a sociedade pode participar”, afirma.
Ela sugere que a participação social
pode se dar por meio de câmaras técnicas
consultivas, da capacitação de agentes
ambientais voluntários e da disponibilização
das informações para o público.
O diretor de Proteção Ambiental do
Ibama, Flávio Montiel, lembra que a recém
editada lei nrº 10.650, de abril deste ano,
já garante ao cidadão o acesso a dados
e informações produzidos por órgãos
e entidades ligadas ao Sistema Nacional do Meio
Ambiente, entre eles o Ibama e os órgãos
ambientais dos estados e municípios.
Os próximos passos incluem a implementação,
no âmbito da fiscalização do
Ibama, de uma mentalidade que assimile a colaboração
da sociedade no planejamento e na execução
das ações, além da definição
de regras claras, com base legal, para esse relacionamento.
“A participação social no governo
é uma das diretrizes do presidente Luis Inácio
Lula da Silva e, na área ambiental, nós
já estamos caminhando nessa direção”,
afirma. Mais informações: Jaime Gesisky
(61) 9976-1595.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa