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LIDERANÇAS
BRASILEIRAS PARTICIPAM DA
SEGUNDA SESSÃO DO FORO PERMANENTE
SOBRE QUESTÕES INDÍGENAS DA
ONU
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2003
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Criança
e Juventude são os temas centrais do evento,
que ocorre entre 12 e 23 de maio, em Nova York (EUA).
Azelene Kaingang, do Warã Instituto Indígena
Brasileiro, e Marcos Terena, da Fundação
Nacional do Índio (Funai), que integram a
delegação oficial brasileira, apresentarão
documento com recomendações para a
adoção de políticas públicas
diferenciadas aos povos indígenas.
A ONU até
23/05 realiza em sua sede central a segunda sessão
do Foro Permanente sobre Questões Indígenas,
resultado de uma luta de mais de 20 anos do movimento
indígena internacional.
Órgão subsidiário do Conselho
Econômico e Social das Nações
Unidas, o Foro Permanente da ONU foi instituído
oficialmente em 2000 e tem como propósito
prestar assessoramento especializado, difundir informações,
formular recomendações e promover
integração e coordenação
de todas as atividades dos programas, agências
e fundos das Nações Unidas sobre questões
indígenas relacionadas com desenvolvimento
econômico e social, cultural, meio ambiente,
educação, saúde e direitos
civis e políticos.
Compõe juntamente com o Conselho Permanente
e a Assembléia Geral da ONU as instâncias
com maior poder de decisão do organismo internacional.
Além disso, é o único órgão
formado com a participação de representantes
da sociedade civil, uma exceção à
regra da ONU de que deve ser integrada apenas pelos
Estados. É composto por 16 especialistas
independentes, oito integrantes dos Estados, nomeados
por autoridades governamentais, e oito lideranças
indígenas escolhidas pelo presidente do Conselho
Econômico Social a partir de consultas a organizações
indígenas.
Desde que foi estabelecido, o Foro Permanente promove
uma reunião anual entre seus integrantes
em sua sede central, em Nova York, para coletar
e examinar informações, posteriormente
desdobradas em recomendações encaminhadas
ao Conselho Econômico e Social. Criança
e Juventude são os temas centrais deste ano.
Participação
brasileira
Azelene Kaigang,
do Warã Instituto Indígena Brasileiro,
e Marcos Terena, da Funai, são os representantes
indígenas da delegação oficial
brasileira. Também são os responsáveis
por apresentar um documento solicitando a adoção
de políticas públicas diferenciadas
aos povos indígenas no Brasil, com recomendações
específicas para saúde, educação,
cultura, meio ambiente, direitos humanos e desenvolvimento
econômico e social, elaborado junto à
Secretaria de Divisão de Direitos Humanos
do Ministério das Relações
Exteriores. O Instituto Socioambiental participa
como organização observadora.
A Organização
da Nações Unidas e o Conselho Econômico
e Social
Fundada em 1945,
após a Segunda Guerra Mundial, por 51 países,
a Organização das Nações
Unidas (ONU) tem hoje mais de 180 membros. Suas
metas são preservar a paz mundial, promover
a auto-determinação dos povos e o
bem-estar social no mundo. Para alcançar
seus objetivos, atua com três conselhos e
uma Assembléia Geral da qual participam todos
os países-membros.
O Conselho Econômico e Social, formado por
54 membros, tem como função melhorar
o padrão de vida e promover o bem estar social
no mundo, metas que consomem 80% dos recursos da
ONU. Prepara recomendações para a
Assembléia Geral das Nações
Unidas, agências especializadas e países-membros.
É assessorado por comissões que monitoram
violações de direitos humanos, população,
problemas econômicos regionais, narcóticos
e direitos da mulher. Também trabalha em
conjunto com a Organização Internacional
do Trabalho (OIT), Organização Mundial
da Saúde (OMS) e outras entidades humanitárias.
Fonte: Amazônia (www.amazonia.org.br)
Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa (Ana Flávia Rocha,
colaborou Paulo Pankararu)