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MMA APOIA
COOPERATIVA DE
PRODUTORES FAMILIARES DO PARÁ
Panorama Ambiental
Belém (PA) – Brasil
Julho de 2003
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O ministro interino
do Meio Ambiente, Claudio Langone, disse que o Ministério
do Meio Ambiente irá apoiar a Central Nova
Amafrutas, do Pará, para encontrar as melhores
soluções em questões como licenciamento
ambiental, destinação de resíduos
e criação de uma unidade de conservação.
Langone visitou a unidade produtora, no município
de Benevides, no último sábado (12).
"O Ministério tem o dever de apoiar
e trazer para o âmbito das políticas
públicas as boas experiências construídas
pela sociedade", salientou.
A Central Nova Amafrutas, primeira cooperativa de
fruticultura do Pará, integra três
cooperativas de trabalhadores e agricultores familiares,
somando mais de mil famílias em 28 municípios
paraenses. Seus objetivos são gerar trabalho
e renda, melhorar as condições de
vida dos associados e ainda incentivar a cidadania,
observando os princípios do desenvolvimento
sustentável. Atualmente, a Central produz
suco concentrado de maracujá, exportado para
Estados Unidos, Canadá e Europa. Ainda este
ano as culturas devem ser diversificadas, com laranja,
abacaxi, açaí e acerola. A Amafrutas
mantém ainda a Escola para o Desenvolvimento
de Negócios Sustentáveis na Amazônia
(Densa), responsável por atividades de pesquisa,
capacitação técnica e formação
dos sócios da cooperativa.
No encontro, o presidente da cooperativa, Max Raimundo
Pontes, pediu auxílio do Ministério
para resolver questões como: licenciamento
ambiental das pequenas propriedades que fornecem
insumos à indústria; encontrar um
destino ambientalmente adequado aos resíduos
da atividade, principalmente restos de frutas; efetivação
de um parque ecológico, com 450 hectares;
que a Amafrutas possa ser contemplada com recursos
do programa Proambiente. "Temos que obter retorno
econômico, melhorar a qualidade de vida, mas,
ao mesmo tempo, trabalhar muito pela preservação
ambiental", explicou Pontes.
Segundo Langone, será marcada uma reunião
para debater as melhores saídas para as questões
apresentadas pela Amafrutas. Sobre o licenciamento
ambiental, ele acredita ser possível o licenciamento
conjunto do projeto, e quanto aos resíduos
da produção industrial, existe a possibilidade
de transformação em adubo ou insumo
para outro processo. De acordo com o ministro interino,
a Central reúne os preceitos para que se
torne um projeto piloto do Proambiente (Programa
de Desenvolvimento
Sustentável da Produção Familiar
Rural da Amazônia), já desenvolvido
em 12 pólos na região. E sobre a criação
de um parque ecológico, em 450 dos 800 hectares
da sede da Amafrutas, Langone explicou que isso
deverá ser encaminhado em parceria com o
Museu Emílio Goeldi, do Pará.
A Central Nova Amafrutas é um exemplo vivo
da viabilidade da produção familiar
na Amazônia. As mais de mil famílias
ligadas à cooperativa ainda produzem da forma
tradicional, com insumos químicos e agrotóxicos.
O secretário-geral da Amafrutas, Avelino
Ganzer, que há 30 anos deixou o Rio Grande
do Sul em direção ao Pará,
explica que o uso de venenos se deve em grande parte
à "invasão" de sementes
de outras regiões do país, mais adaptadas
às necessidades da indústria na época.
"O maracujá nativo é menor, produz
quantidade menor de poupa. Há cerca de uma
década, foi introduzida uma variedade vinda
do sudeste, maior e com mais polpa", lembra.
Com a variedade exótica cresceu a incidência
de pragas e o uso de agrotóxicos. "Estamos
trabalhando em um projeto de conversão, substituindo
a produção pela espécie nativa
e eliminando gradualmente o uso de agrotóxicos".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita
a cooperativa no dia 20 de agosto, quando deverá
anunciar verbas para ampliação da
atividade. Até 2008, a Central Nova Amafrutas
pretende elevar a produção para até
150 mil toneladas/ano de suco de frutas, como manga,
limão, tangerina, mamão, melão,
melancia, cajú, maracujá e goiaba.
O faturamento esperado é de R$ 35 milhões/ano.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa