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CÂMARA
DOS DEPUTADOS
PRESTA HOMENAGEM A CHICO MENDES
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Dezembro de 2003
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A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, participou hoje de sessão
solene da Câmara dos Deputados em homenagem
ao seringueiro Chico Mendes, assassinado há
15 anos. A sessão solene foi solicitada pela
deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e contou
também com a presença do presidente
da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP),
do governador do Acre, Jorge Viana, da filha de
Chico Mendes, Elenira Mendes, e do líder
do governo no Senado, Tião Viana (PT-AC).
A ministra, que nos anos 1980 era sindicalista no
Acre e participou ativamente da luta para preservação
do meio ambiente na região, lembrou que a
história do seringueiro e líder sindical
foi escrita por muitas pessoas, inclusive aquelas
que o assassinaram. "Mas a história
de Chico Mendes suscita a todos nós escrevermos
nela o melhor de nosso melhor", enfatizou Marina
Silva, que em 1988 foi eleita para seu primeiro
mandato como vereadora de Rio Branco (AC).
A vida de Chico Mendes como líder sindical
começou em 1975, com a fundação
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia,
quando foi escolhido para ser secretário-geral.
Em 1976, participou ativamente das lutas dos seringueiros
para impedir desmatamentos e organizou várias
ações em defesa da posse da terra.
Em 1977, participou da fundação do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, além
de ter sido eleito vereador. Nesse mesmo ano, Chico
Mendes sofreu as primeiras ameaças de morte
por parte de fazendeiros. Em 1985, liderou o Primeiro
Encontro Nacional dos Seringueiros, do qual se tornou
a principal referência. A partir de então,
a luta dos seringueiros, sob liderança de
Chico Mendes, começou a ganhar repercussão
nacional e internacional.
Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de membros
da ONU, em Xapuri, e entregou ao Senado norte-americano
e ao BID denúncias sobre devastação
e expulsão de seringueiros na Amazônia.
Os financiamentos aos projetos acabaram sendo suspensos
e Chico Mendes foi acusado por fazendeiros e políticos
de prejudicar o processo de desenvolvimento do Acre.
Nesse período, Chico Mendes começou
a ter reconhecimento nacional e internacional, como
uma das pessoas que mais se destacaram em defesa
do meio ambiente, como o Prêmio Global 500,
oferecido pela ONU. Em 22 de dezembro de 1988, Chico
Mendes foi assassinado na porta de sua casa.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa