O Pará
é o estado amazônico com maiores
índices de violência e conflitos
no campo, ocupação ilegal de
terras públicas, trabalho escravo e
destruição das florestas.
“Com a presença do navio do Greenpeace
na Amazônia, queremos estimular uma
reflexão sobre a destruição
indiscriminada das florestas da região
e promover o uso responsável dos recursos
naturais, tendo como eixo central o manejo
florestal comunitário”, disse Nilo
D’Avila, da campanha da Amazônia. “O
Greenpeace tem por objetivo a criação
de uma rede de áreas protegidas na
Amazônia, em particular em áreas
críticas como a bacia do rio Xingu
e a região conhecida como Terra do
Meio”.
Em 2001, em sua primeira viagem pelos rios
da Amazônia, o Arctic Sunrise serviu
como plataforma de apoio para a ação
das autoridades ambientes - em particular
o IBAMA - na fiscalização de
atividades ilegais e predatórias. O
Greenpeace ofereceu apoio logístico,
mapas e informações que permitiram
a apreensão de milhares de metros cúbicos
de mogno extraídos ilegalmente na Terra
do Meio e em áreas indígenas.
Como resultado das operações
de campo e da extensa ilegalidade constatada,
o governo brasileiro suspendeu a exploração,
transporte e comércio de mogno. A madeira
apreendida foi doada para entidades beneficentes
e o resultado de sua venda, em 2003, foi revertido
para um fundo de apoio a iniciativas comunitárias
sustentáveis na Terra do Meio e aos
grupos indígenas prejudicados pela
ação dos madeireiros. Em fins
de 1992, o Greenpeace teve importante papel
na aprovação, por uma convenção
da ONU, de proteção ao mogno.
O tour do Arctic Sunrise pela Amazônia
faz parte da campanha do Greenpeace para proteger
a diversidade biológica no planeta,
em particular nas Florestas Primárias
(ou Florestas Antigas). O Greenpeace quer
assegurar que o uso dos recursos naturais
seja feito de forma ecológica e socialmente
responsável, incluindo a criação
de redes de áreas protegidas em todo
o mundo. Áreas protegidas são
dedicadas à conservação
da diversidade biológica, dos recursos
naturais e culturais a elas associados e ao
bem-estar das comunidades que nelas vivem
e delas dependem para sobreviver. Essas áreas
precisam ser estabelecidas e manejadas respeitando
os direitos das comunidades tradicionais e
povos indígenas, e devem ser protegidas
de atividades econômicas de escala industrial
e outras práticas que têm o potencial
de destruir o Meio Ambiente.
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