|
OPERAÇÃO
AGROTÓXICO COMEÇA NO CENTRO-OESTE
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Outubro de 2003
|
|
O Ibama iniciou esta
semana a Operação Agrotóxico,
na região Centro-Oeste do País, para
proteger o meio ambiente contra a ação
de herbicidas contrabandeados, que não possuem
autorização para uso dos ministérios
do Meio Ambiente, Agricultura e Saúde. São
48 agentes de Brasília, Mato Grosso do Sul,
Goiás e Mato Grosso envolvidos na operação
coordenada pela Diretoria de Proteção
Ambiental (Dipro), que conta com a parceria dos
órgãos de meio ambiente dos estados
fiscalizados.
As equipes do Ibama visitam fazendas, distribuidores
de insumos agrícolas, cooperativas, produtores
e propriedades rurais. Orientam os agricultores
sobre os riscos da utilização de agrotóxicos
falsificados, o correto tratamento (tríplice
lavagem) e o destino que deve ser dado às
embalagens vazias.
Serão realizadas também visitas às
empresas que transportam e comercializam defensivos
agrícolas. Durante o trabalho as equipes
de fiscalização do Ibama “estão
reprimindo severamente a comercialização,
o depósito, o transporte, a guarda e a aplicação
de produtos sem o registro legal no Brasil”, informa
o coordenador da operação, José
Aníbal Batista, da Divisão de Fiscalização
de Poluição e Degradação
Ambiental do Ibama.
Segundo ele, a ação serve para treinar
as equipes dos três estados, para exercer
ações de fiscalização
no que se refere à utilização
de agrotóxicos irregulares e para cobrar
das autoridades, revendedores e cooperativas, a
implantação de Centrais de Recolhimento
das embalagens vazias produzidas pelos agricultores
das diversas regiões.
Além do produto irregular as equipes do Ibama
vão apreender embalagens de agrotóxicos
descartadas no meio da vegetação e
junto aos cursos de água, o que é
proibido, por causar contaminação
do solo e do lençol freático. Todos
os autuados receberão multas administrativas.
As propriedades que possuam produtos contrabandeados
serão encaminhadas ao Ministério Público,
para abertura de inquérito criminal.
José Aníbal explicou que o trabalho
é prioritário porque os agrotóxicos
sem registro podem causar muitos danos ambientais.
"Para um produto agrotóxico ser utilizado
no País existem leis e regulamentações.
As empresas passam anos realizando testes para ver
se os herbicidas não vão deixar resíduos
no solo e no lençol freático. Somente
depois de muitos estudos, exames e testes, que duram
entre sete e nove anos, é que os produtos
são liberados para utilização
na agricultura". Já os contrabandeados,
segundo ele, apesar de muitas vezes liberados nos
países de origem, não estão
de acordo com a legislação brasileira
"que neste aspecto é mais exigente",
conclui o coordenador da operação.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de comunicação