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MARINA SILVA
REÚNE-SE COM
SOJICULTORES NO MATO GROSSO
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2003
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A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, afirmou hoje, em Sorriso
(MT) que é preciso prudência e muitos
estudos técnicos para realizar qualquer mudança
nas áreas de reserva legal previstas no Código
Florestal. A ministra recebeu de sojicultores uma
carta reivindicando, entre outras coisas, que a
reserva legal do estado volte aos patamares anteriores
a 1996, permitindo mais espaço para plantações.
Até 1996, a legislação destinava
à preservação 50% das propriedades
rurais da Amazônia em área de floresta
e 20 % das propriedades nas áreas de Cerrado
da Amazônia Legal. A partir daquele ano, uma
Medida Provisória aumentou a reserva legal
nas áreas de floresta para 80% e para 35
% nas áreas de Cerrado. Segundo a ministra,
a MP foi uma reposta ao desmatamento recorde registrado
em 1995, de 29 mil Km2, na Amazônia. De acordo
com ela, os números revelados pelo último
levantamento, 25.500 Km2, indicam que é preciso
muita cautela antes de alterar a reserva legal.
O governador do estado, Blairo Maggi, disse que
quer ampliar as áreas produtivas em parceria
com os órgão ambientais. "Ocupamos
muito pouco do estado", afirmou. Segundo ele,
foram cometidos muitos erros no passado, "mas
estamos revendo nosso posicionamento para seguir
aquilo que a legislação indicar".
Mato Grosso é responsável por 80%
de toda a produção de grãos
da Amazônia. O estado tem 90 milhões
de hectares. Deste total, mais de 20 milhões
de hectares foram desmatados e, destes, 1 milhão
estão abandonados.
Marina Silva também falou sobre a construção
da BR-163, Cuiabá- Santarém. "Essa
estrada, como qualquer outra, depende de um estudo
de impacto ambiental", disse. A ministra ressaltou,
no entanto, que se a estrada trouxer sustentabilidade
para a região, dentro dos conceitos orientados
pela política de governo, "não
deve ter nenhum problema".
Ainda em Sorriso, a ministra participou do lançamento
do Prêmio Marina Silva de Preservação
Ambiental, promovido pela Câmara dos Vereadores,
no Centro de Tradições Gaúchas.
O objetivo é premiar produtores e empresas
que respeitarem a legislação ambiental.
Para Marina Silva, o mais importante da iniciativa
é reconhecer os que produzem com sustentabilidade.
"Se o prêmio foi instituído é
porque já existem pessoas que produzem corretamente",
disse.
À tarde, a ministra reuniu-se em Sinop, com
madeireiros da região, e, à noite,
já em Alta Floresta abriu a II Expoambiente
Amazônia.
Encontro com ambientalistas - Na quarta-feira (23),
primeiro dia de visita da ministra ao estado do
Mato Grosso, Marina Silva, recebeu do Fórum
Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento
(Formade), em Cuiabá, o esboço do
Projeto Mato Grosso Sustentável e Democrático
com sugestões de ações para
o desenvolvimento do estado. O coordenador do Formade,
Vicente Puhl , disse que Mato Grosso está
apoiado nos pilares soja e carne, e pediu a integração
de políticas e de ações de
governo em benefício da preservação
ambiental. Segundo a ministra, "o governo quer
casar desenvolvimento econômico e justiça
social, e para que isso não leve a mais pressão
sobre os recursos naturais, é preciso considerar
a proteção ambiental nos processos
de desenvolvimento".
A ministra fica no estado até amanhã,
acompanhada do secretário de Desenvolvimento
Sustentável do MMA, Gilney Viana, dos diretores
do Ibama, Antônio Carlos Humel e Flávio
Montiel, além do gerente executivo de Mato
Grosso, Hugo Werle, e do coordenador do PrevFogo/MT,
Romildo Gonçalves.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa