Barbosa,
diretor do IBt, inclui um levantamento e amostragem
das áreas degradadas e em processo
de recuperação, mostrando as
causas e a forma como as ações
de reflorestamento estão sendo desenvolvidas.
A tecnologia para produção de
sementes e mudas de espécies arbóreas
nativas também foi contemplada neste
estudo. Os primeiros resultados dessa pesquisa
revelaram que em 98 áreas amostradas,
num total de 2.500 hectares, os proprietários
utilizaram uma média de 30 espécies
nativas, quase sempre as mesmas, sendo dois
terços delas do estágio inicial
de recomposição da vegetação,
o que tem acarretado um declínio expressivo
da biodiversidade nesses reflorestamentos.
Segundo o pesquisador, isso é resultado
da falta de uma orientação técnica
adequada e de um melhor conhecimento do número
de espécies nativas que se deve utilizar
nos modelos de reflorestamento, sobretudo
para obter um equilíbrio dinâmico
nas florestas. Os viveristas, por seu lado,
concentravam sua produção em
uma baixa diversidade de espécies,
pois não tinham nenhum incentivo ou
recomendação legal. Foi por
este motivo que a SMA editou a Resolução
SMA 21, de 21 de novembro de 2001, que determina
os números mínimos de espécies
a serem utilizados nos projetos de reflorestamento
conforme o tamanho da área. A resolução
indicou, ainda, uma lista com 585 espécies,
elencadas por técnicos do IBt, para
serem utilizadas nas diferentes regiões
do Estado, com informações sobre
o estágio sucessional e o bioma de
ocorrência das espécies. Texto:
Carolina De Leon Seminário Regional
sobre Recuperação de Áreas
Degradadas: Subsídios para Conservação
da Biodiversidade e Manutenção
dos Sistemas Hídricos |