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IBAMA INICIA
TRABALHO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL
CONTRA DESMATE NA AMAZÔNIA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2003
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Começa nesta
segunda-feira (15/09) a implementação
do Programa de Prevenção e Controle
de Desmatamento, Queimadas e Exploração
Madeireira Ilegal na Amazônia, desenvolvido
pelo Governo Federal, com a participação
de 11 ministérios. O Ibama participa com
operações de fiscalização,
comunicação, educação
ambiental, mobilização social e programas
de controle de queimadas; e outros organismos oficiais
e da sociedade civil.
O programa será realizado na Amazônia
Legal Brasileira, nos estados de Roraima e Amapá
e na região denominada “Arco do Desflorestamento”.
A área total do Arco compreende 261 municípios,
em 7 estados: Acre, Rondônia, Pará,
Amazonas, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins.
O Ibama vai montar 19 bases entre os 60 municípios
que receberão as ações prioritárias
contra o desmatamento e queimadas.
A formação de um Grupo Permanente
de Trabalho Interministerial (GT), foi anunciada
pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no
mês de junho, para estudar medidas de controle
do desmatamento na Amazônia. Na ocasião,
Marina Silva frisou que o combate ao desmatamento
na Amazônia é um compromisso do Governo
Lula e que um dos objetivos do trabalho é
a adoção de medidas que estimulem
os proprietários rurais e empresários
da Amazônia a desenvolver projetos ambientalmente
sustentáveis.
O GT foi criado por decreto presidencial publicado
no dia 4 de julho e tem como metas propor medidas
e coordenar ações com o objetivo de
reduzir o desmatamento na Amazônia. Entre
as medidas já anunciadas pelo GT estão:
incentivos fiscais para elevar a eficiência
econômica em áreas desmatadas; implementação
de obras de infra-estrutura com sustentabilidade
ambiental; proporcionar atividades que contribuam
para a recuperação das áreas
degradadas; e regularização fundiária
dos municípios no chamado Arco do Desflorestamento.
O diretor de Proteção Ambiental do
Ibama, Flávio Montiel, disse que a campanha
tem caráter inédito. “O Brasil nunca
atacou o problema do desmatamento e das queimadas
por meio de ação integrada do Governo
Federal, somando esforços de 11 ministérios”.
Segundo Montiel, até então vinham
sendo realizadas campanhas de prevenção
e controle de desmatamento e queimadas, através
de programas como o Programa de Prevenção
e Combate às Queimadas e Incêndios
Florestais (Prevfogo) e o Programa de Prevenção
e Controle às Queimadas e aos Incêndios
Florestais no Arco do Desflorestamento (Proarco),
ambos do Ibama e por órgãos estaduais
e organizações não-governamentais,
entre outras.
Áreas
Inicialmente a atuação
do Ibama será realizada em três diferentes
áreas (fiscalização; comunicação/educação;
estímulo a práticas sustentáveis),
nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Pará
e Amazonas, em seis bases consideradas prioritárias.
As bases serão nos municípios de Novo
Progresso e Marabá, no Pará; Alta
Floresta e Juína/Aripuanã, no Mato
Grosso; Ji-Paraná, em Rondônia; e Apuí,
no Amazonas. Para este trabalho o Governo Federal
já anunciou a disponibilização
de R$ 20 milhões.
A área de Comunicação/Educação
do Ibama inicia o trabalho na próxima segunda-feira
(15/09), nas seis primeiras bases, articulando as
diferentes lideranças e segmentos da sociedade,
como agricultores, assentados, madeireiros, políticos,
líderes religiosos, mulheres, indígenas
sindicatos, movimentos sociais e organizações
não-governamentais, e atuando, também,
na prevenção a queimadas e desmatamentos
e no incentivo à produção sustentável.
A Fiscalização já atua na região
em atividades de controle ao desmatamento e queimadas
ilegais. Por último, a área de estímulo
a práticas sustentáveis trabalhará
com a apresentação de alternativas
(planos de manejo) à exploração
ilegal de madeira e a queimadas. As três áreas
desenvolverão ações independentes.
Além disso, será haverá um
trabalho específico nas Unidades de Conservação.
A atuação do Ibama será desenvolvida
com objetivos de curto, médio e longo prazo.
Inicialmente a intenção é estimular
a queima controlada, com adoção de
medidas simples, como esperar as primeiras chuvas
para começar a queima, organizar mutirões
para queimar cada propriedade de uma vez, realizar
aceiros para evitar a propagação do
fogo em novas áreas de floresta, evitando-se
com isso os incêndios florestais.
A médio prazo a intenção é,
já para o próximo ano, reduzir os
índices de desmatamento e de queimadas, pela
adoção de medidas preventivas e de
produção sustentável, associadas
a uma campanha de educação e fiscalização
intensiva, que articule os diversos segmentos envolvidos.
A longo prazo a campanha prevê a substituição
do modelo de desenvolvimento da região, baseado
no desmatamento, seguido da agropecuária
de baixo rendimento, por outro, no qual a exploração
sustentável dos recursos naturais se dê
por meio de sistemas consorciados agroflorestais,
como foco principal.
“O programa de combate ao desmatamento e queimadas
gerenciado pelo Ibama consiste em uma maior presença
do órgão nas áreas em que o
problema é maior ou está se intensificando.
Para isso estamos buscando alternativas de uso dos
recursos ambientais na região em sintonia
com o equilíbrio ambiental com vistas ao
desenvolvimento de um modelo economicamente viável,
socialmente justo e ambientalmente correto”, explica
Montiel.
Participam do GT coordenado pela Casa Civil, os
ministérios do Meio Ambiente, da Ciência
e Tecnologia, da Defesa, da Agricultura, do Desenvolvimento
Agrário; do Desenvolvimento; da Integração
Nacional; da Justiça; de Minas e Energia;
do Trabalho e dos Transportes. Além dessas
pastas estão envolvidos o Ibama, órgãos
estaduais de meio ambiente, polícias ambientais,
defesa civil, órgãos de saúde,
associações e entidades de classe,
sindicatos, movimentos sociais, empresas e indústrias;
instituições de ensino, ONG’s.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa