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UNESCO E
WWF-BRASIL ASSINAM PARCERIA PARA GESTÃO
DE SÍTIOS DO PATRIMÔNIO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2004
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A gestão
integrada dos Sítios do Patrimônio
da Natureza no Brasil ganha mais força a
partir de hoje. A assinatura hoje (27) de um protocolo
de entendimento entre a Organização
das Nações Unidas para a Ciência,
Educação e Cultura (UNESCO - sigla
em inglês) e o WWF-Brasil está inserida
no contexto de um projeto para fortalecer o sistema
de gestão em cinco dos sete Sítios
do Patrimônio Natural localizados no Brasil,
que deverá ser lançado em breve pelo
governo brasileiro.
O acordo sendo assinado entre a UNESCO e o WWF-Brasil
faz parte de um programa do Ministério do
Meio Ambiente entitulado: "Programa para a
Conservação da Biodiversidade nos
Sítios do Patrimônio Mundial Natural
no Brasil". Com duração de no
mínimo 10 anos, trata-se de um programa de
ações de consolidação
de Sítios do Patrimônio executadas
por parceiros. Promove atividades de caráter
transversal, que vão desde o monitoramento
da vida selvagem à educação
ambiental e capacitação técnica,
administrativa e financeira para gestores dos sítios
e as comunidades localizadas nos seus entornos.
Financiado com contrapartida de um para um da Fundação
das Nações Unidas (UNF - sigla em
inglês), governo e parceiros, o valor total
do projeto é de US$ 4,5 milhões, cabendo
à UNF 50% do montante. O restante vem de
uma composição de fundos do MMA/Ibama
e das organizações não governamentais
rede WWF, Conservation International (CI) e The
Nature Conservancy (TNC).
Uma componente de particular importância para
o projeto será a busca da sua sustentabilidade
a longo prazo. Almeja-se a construção
de um fundo de áreas protegidas, que banque
a manutenção e gestão dos Sítios.
O Programa Nacional foi elaborado em resposta do
Brasil a necessidade de conservação
do seu patrimônio histórico, cultural
e natural, reconhecido pela Convenção
do Patrimônio Mundial, oficializada pela UNESCO
em 1972.
Adotada pela grande maioria dos 86 países
membros da Organização das Nações
Unidas (ONU), a convenção tem a finalidade
de garantir a proteção das obras e
áreas de grande interesse para a história
da Terra ou da cultura da humanidade. Cada país
que passa a integrar essa Convenção
deve buscar proteger esses sítios, selecionando-os
e garantindo a soberania sobre esses bens.
Sede de mais de um terço das florestas e
da biodiversidade do Planeta, o Brasil detém
em seu território um leque de áreas
de valor incalculável para os brasileiros
e para a humanidade. Ao mesmo tempo, a realidade
econômica , de educação e cultural
de grande parte da população do País
- especialmente a que vive em áreas adjacentes
ou próximas aos Sítios do Patrimônio
- limita a proteção dessas localidades.
"O maior desafio para nós é internalizar
nas comunidades que vivem no entorno o valor das
áreas onde vivem e envolvê-las na gestão
dessas áreas para a conservação",
disse Helena Maltez, coordenadora do Programa da
Mata Atlântica do WWF-Brasil.
A contribuição do WWF-Brasil ao projeto
integra um vasto programa de capacitação,
gestão e comunicação, que abrange
desde questões emergenciais e críticas
como caça, atropelamento de animais e fogo
até a gestão integrada dos sítios
de maneira geral, passando por capacitação
de gestores, capacitação de comunidades
e apoio a atividades sustentáveis de baixo
impacto no entorno dos sítios.
O WWF-Brasil traz ao programa a sua área
de excelência no planejamento ecoregional,
contextualizando o papel dos sítios na paisagem.
Trabalha-se a capacitação de gestores
ambientais na Mata Atlântica, capacitação
para atividades de valor econômico agregado
sustentáveis no entorno dos Sítios
e projetos de reabilitação da paisagem
nas regiões de influência dos sítios.
"Nós consideramos que a conservação
dos serviços ambientais e da biodiversidade
a longo prazo ocorre quando o planejamento é
feito na escala de paisagem, dando sentido às
ações locais", ressaltou Maltez.
Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa (Cristina Müller)