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IBAMA INVESTIGA
O SUMIÇO DE MADEIRA APREENDIDA NO
ANO PASSADO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Junho de 2004
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O Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) investiga o desaparecimento de um lote de
madeira apreendida no município de Porto
de Moz, no Pará. O carregamento estava sob
a responsabilidade da madeireira infratora, como
fiel depositária desde o ano passado, quando
a operação Verde Para Sempre impediu
a sua comercialização.
De acordo com Paulo Maia, gerente–executivo do Ibama
de Santarém, no Pará, o Ministério
Público será acionado assim que for
feita a contagem da madeira que restou, denunciando
o responsável. “Nossa informação
tem que ser precisa. Vamos medir quantos metros
cúbicos de madeira sobraram. Toda a madeira,
para ser transportada, precisa de autorização
para Transporte de Produto Florestal. Quem não
possui o documento, tem a matéria apreendida,
como aconteceu em dezembro do ano passado”, esclareceu.
Os ambientalistas do movimento Greenpeace denunciaram
que o sumiço de madeira contabilizou de 48
mil metros cúbicos. De acordo com a assessoria
da entidade, imagens fotográficas foram feitas
sobre a área em dezembro do ano passado.
No fim do mês de maio, após novo vôo
sobre a área, a organização
constatou que a matéria-prima não
estava mais no pátio da madeireira.
“Constatamos que de 80 a 90% havia sumido”, disse
Carlos Rittl, coordenador de projetos do Greenpeace,
que enviou denúncia ao Ibama, ao Ministério
do Meio Ambiente e ao Ministério Público
Federal do estado do Pará.
“Foram R$ 7,7 milhões em multas lavradas
no ano passado. Em termos de comercialização,
o volume de madeira apreendida chegaria a R$ 10
milhões, em uma estimativa bem grosseira.
Mas, os fiéis depositários não
podem comercializar a madeira, o que, na prática,
acaba não acontecendo. Costumam alegar que
não têm conhecimento do sumiço”,
afirma Rittl, que soube do desaparecimento por meio
de moradores da região.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Keite Camacho