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IBAMA CRIA
O CETAS NO PARÁ
Panorama
Ambiental
Belém (PA) - Brasil
Abril de 2004
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Em articulação
com a Universidade Federal do Pará (UFPA)
e dezenas de Institutos Não Governamentais,
até o final deste semestre, o Ibama -Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis instala o primeiro Centro de Triagem
de Animais Silvestres (Cetas) no Estado do Pará
- Amazônia Oriental.
O objetivo da criação de um Cetas
é fazer triagem de animais, estimular a pesquisa
e trabalhar o processo de educação
ambiental quanto ao manejo da fauna e da relação
humana com os indivíduos da fauna silvestre.
A área para o funcionamento do Cetas está
em fase de encaminhamento junto às instituições
federais que atuam na gestão ambiental no
Pará.
“A criação do Cetas vai fortalecer
a fiscalização, estabelecer o ordenamento
da fauna silvestre e estimular projetos de inserção
social, quanto a manejo da fauna, com geração
de emprego e renda, e o caráter educativo
da relação cultural do homem com a
natureza”, assegura o gerente executivo do Ibama
no Pará, Marcílio Monteiro.
Maria do Carmo Brígido, médica veterinária
e chefe da Divisão de Proteção
Ambiental do órgão, diz que a criação
do Cetas dá suporte definitivo quanto ao
caráter da sustentabilidade da fauna amazônica.
Estatísticas produzidas em caráter
informal, fruto geralmente de ações
fiscalização do Ibama, revelam em
alguns municípios paraenses, que em cada
10 residências em áreas rurais, 06
tem animais silvestres convivendo com a família.
Entre os animais silvestres encontrados em residências
em grandes quantidades estão os mamíferos
como os quatis e roedores como cutias, preás
e pacas. O quati lidera a lista dos animais silvestres
mantidos em cativeiro familiar. Em cada 10 famílias,
09 têm um quati.
Os dados informais revelam ainda que pela ordem
de preferência mantidos em cativeiro familiar
estão os chamados psitacídeos como:
papagaios e araras. Depois vem os passeriformes
(passarinhos): curiós, sabiás, patativas,
bicudos, entre outros. Além dos papagaios,
araras e tucanos, têm cobras (jibóias
e sucuris) e macacos que são potencialmente
transmissores de doenças. Há também
inúmeros tipos de quelônios, sendo
os mais comuns: tartarugas, tracajás, pitus,
peremas, jabutis e muçuas. Esses hábitos
são em sua maioria cultivados quando essas
famílias migram de áreas rurais para
a capital.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom