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GOVERNO
QUER INTRODUZIR BIODIESEL NA MATRIZ ENERGÉTICA
DO PAÍS, INFORMA CIRO GOMES
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) Brasil
Abril de 2004
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Mamona, soja, babaçu,
dendê, algodão ou girassol. A produção
de óleos vegetais em grande escala para a
fabricação de biodiesel é uma
prioridade federal e pode ser tornar realidade ainda
no governo do presidente Lula. O ministro da Integração
Nacional, Ciro Gomes, afirmou que o governo está
determinado a introduzir o biodiesel na matriz energética
nacional.
Além de diminuir a dependência brasileira
de petróleo e de reduzir a emissão
de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera,
o biocombustível é considerado um
excelente instrumento de geração de
renda, emprego, inclusão social e desenvolvimento
regional.
Ciro Gomes participou hoje, no auditório
do ministério, de um debate sobre o biodiesel
e o plano de ação para 2004. O encontro
reuniu representantes de vários ministérios
envolvidos com a questão.
O ministro informou que os estudos estão
em fase de conclusão. Os estudos mostram
que são necessários dois bilhões
de litros de biodiesel por ano para incorporar 2%
do produto à matriz energética nacional.
"Podemos estar abrindo um caminho fundamental
para a geração de emprego e renda
justamente nas áreas onde a miséria
e o abandono são mais graves no Brasil: o
fundão do interior da Amazônia e o
fundão do semi-árido nordestino",
destacou o ministro.
Segundo o ministro, o governo prepara as últimas
providências para estruturar a cadeia produtiva,
para garantir preço, qualidade e o suprimento
do produto. "Estamos em um momento de definição
absolutamente importante", disse Ciro Gomes.
O estudo do governo inclui a definição
do modelo tributário a ser aplicado na comercialização
do biodiesel, a implantação de políticas
públicas de financiamento, bem como o estabelecimento
de normas, regulamentos e padrões de qualidade.
A meta é consolidar a produção
e o uso do biodiesel no país como substituto
parcial (em motores veiculares) ou total (em motores
estacionários) do óleo diesel.
A produção de biodiesel em grande
escala também pode favorecer o Brasil no
mercado internacional de certificados de carbono,
oferecidos pelo Protocolo de Kioto como compensação
financeira pela redução na emissão
de gás carbônico. Cada hectare plantado
de mamona, por exemplo, pode absorver até
oito toneladas de gás carbônico.
O governo já estuda a possibilidade de autorizar
o uso da mistura B5 de óleo vegetal no diesel
derivado de petróleo, na proporção
de 5% de biodiesel, 15% de etanol e 80% de óleo
diesel.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Assessoria de imprensa