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CONSELHO
APROVA DOIS PROJETOS BRASILEIROS ENQUADRADOS
NO PROTOCOLO DE KYOTO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004
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O Brasil deu hoje
uma demonstração de que sua política
de respeito ambiental continua na vanguarda das
ações mundiais, assumidas no âmbito
do Protocolo de Kyoto, no Japão, em 1997,
e que congrega atualmente 122 países. Em
solenidade comemorativa da Semana do Meio Ambiente,
na Confederação Nacional das Indústrias
(CNI), o ministro da Ciência e Tecnologia,
Eduardo Campos, anunciou a aprovação
dos dois primeiros projetos brasileiros destinados
à redução de gases na atmosfera.
O Conselho Executivo Internacional, sediado em Bonn,
na Alemanha, autorizou o funcionamento dos projetos
da Nova Gerar, de Nova Iguaçu (RJ), e da
Vega, de Salvador, de aproveitamento de aterros
sanitários que evitam a emissão de
gás metano, por atenderem as normas do Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de
Kyoto.
O ministro informou que os dois projetos também
atendem as propostas do governo de inclusão
social, “objetivo maior do Governo Lula”, contribuindo
para o desenvolvimento equilibrado dos municípios,
com geração de empregos e melhoria
das condições sanitárias para
as pessoas que trabalham nos “lixões”.
Eduardo Campos destacou também o pioneirismo
dos dois projetos ao vislumbrarem a possibilidade
de cooperação internacional para a
manutenção do equilíbrio climático.
O presidente da CNI, Armando Monteiro, elogiou o
ingresso do Brasil no esforço mundial de
redução dos gases causadores do efeito
estufa e disse que grande parte das indústrias
também se engaja em favor da preservação
ambiental, “sem prejuízo da competitividade
das empresas e do desenvolvimento sustentado do
país”.
Ele afirmou que a CNI tem incentivado iniciativas
que visem a melhoria da qualidade ambiental, através
de ações veiculadas pelas Federações
de Indústrias e das associações
setoriais, com vistas a estabelecer relações
harmônicas da indústria com o meio
ambiente.
Segundo Armando Monteiro, “a forte participação
do empresariado é resultante da crescente
preocupação da indústria pela
busca do desenvolvimento econômico com qualidade
de vida”.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, usou
uma figura de linguagem da juventude para enfatizar
que ações de “desenvolvimento e meio
ambiente têm que se casar; não podem
apenas ficar”. Disse também que o Brasil
tem-se destacado no cenário externo como
país que cumpre suas obrigações
na convenção de respeito ao clima,
e o anúncio feito hoje era uma demonstração
do “trabalho profícuo que o governo e a sociedade
vêm fazendo”.
Já o ministro do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, Fernando Furlan, afirmou
que a participação efetiva do Brasil
na política de redução dos
gases na atmosfera “abre um mercado muito promissor”.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Stênio Ribeiro