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MARINA SILVA
PREGA A ‘SUSTENTABILIDADE ÉTICA’
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004
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Sustentabilidade
ética. Para a ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, esta é a palavra-chave para
o desenvolvimento sustentável no Brasil e
no mundo. Primeira palestrante da Conferência
Internacional de Auditoria Ambiental, iniciada hoje,
em Brasília, a ministra ressaltou a importância
de se criar um novo ciclo civilizatório onde
a relação dos países desenvolvidos
com os países em desenvolvimento leve ao
respeito na utilização da biodiversidade.
Segundo Marina Silva, o mundo continua sofrendo
com o expressivo déficit na implementação
de políticas ambientais capazes de assegurar
às gerações futuras as riquezas
naturais do presente. “Conciliar sustentabilidade
ambiental, social e econômica ainda é
um grande desafio”, afirmou a ministra, destacando
que a auditoria ambiental pode ser uma ferramenta
eficaz para o desenvolvimento sustentável.
Ela ressaltou que o Brasil tem uma grande responsabilidade
dentro deste novo processo por deter 11% da água
doce disponível, 20% das espécies
vivas do planeta e a maior floresta tropical do
mundo. Mas para cumprir com suas responsabilidades,
segundo a ministra, é fundamental que se
consolide uma nova cultura, onde o ato de cumprir
as leis seja um desejo espontâneo de consciência
ambiental.
Para tanto, Marina Silva afirmou que o governo brasileiro
vem estabelecendo uma nova rota de desenvolvimento
estruturada em quatro diretrizes básicas:
crescimento sustentável, incremento da participação
social, fortalecimento do sistema nacional de meio
ambiente e a implementação de uma
política ambiental integrada. Como exemplos,
ela citou o Programa de Combate ao Desmatamento
da Amazônia, que reúne 13 ministérios
em ações integradas, e o novo modelo
brasileiro para o setor elétrico, que a partir
de agora passa a trabalhar antecipadamente com a
variável ambiental.
De acordo com a ministra, no Brasil, a lógica
do crescimento pelo crescimento já consumiu
94% da Mata Atlântica, 16% da Floresta Amazônica
e dizimou várias culturas indígenas.
“A opção por não fazer correto
custa muito caro”, afirmou, ressaltando que o desafio
do desenvolvimento com sustentabilidade é
uma tarefa de toda a sociedade e não apenas
dos governantes.
A contribuição do controle externo
para o desenvolvimento sustentável é
o principal tema da Conferência iniciada hoje.
Segundo Marina Silva, a auditoria ambiental pode
verificar se as empresas estão de fato cumprindo
com a legislação ambiental e se os
governos estão cumprindo a legislação
e observando a variável ambiental em seus
investimentos. “Sem dúvida este tipo de auditoria
é uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento
sustentável”.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)