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SÃO
PAULO LANÇA MANUAL EM DEFESA DO USO
SUSTENTÁVEL DA MADEIRA NA CONSTRUÇÃO
CIVIL
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2004
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Entidades empresariais,
indústria, Governo e Prefeitura de São
Paulo lançaram hoje o manual “Madeira: Uso
Sustentável na Construção Civil”.
É o início de um movimento para a
regulamentação do uso da madeira na
construção civil da maior cidade do
país. O objetivo é preservar as espécies
de árvores ameaçadas de extinção
e diminuir o desmatamento da Amazônia.
A partir de hoje, as madeiras recomendadas pelo
manual tornam-se o padrão para as licitações
de obras, direta ou indiretamente, contratadas pelo
governo paulistano. A prefeitura e seus órgãos
auxiliares são os maiores construtores da
cidade. Num segundo momento, as recomendações
deverão originar lei para toda a cidade.
Segundo o secretario do Verde e Meio Ambiente, Adriano
Diogo, “o próximo passo é expandir
essas normas para o setor da construção
de móveis”.
Para a coordenadora geral da Gestão de Recursos
Florestais do Ibama, Cristina Alves, “uma regulamentação
como essa na cidade de São Paulo, acarretará
numa mudança de comportamento no mercado
por causa do grande volume que o mercado de construção
civil do estado representa”.
O manual foi elaborado pelo Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT), do governo estadual,
a pedido da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
da prefeitura paulistana. O projeto também
recebeu o apoio do Sindicato da Indústria
da Construção Civil do Estado de São
Paulo (SindusCom-SP) e de 24 empresas privadas.
A intenção do manual é orientar
o uso sustentável da madeira na construção,
usando espécies novas e que não estejam
ameaçadas. São descritas 23 espécies
de madeira mais usuais para diferentes usos, dos
andaimes a colunas, piso e revestimentos. Desse
total, são recomendadas 21 e duas já
são espécies ameaçadas: a Peroba
Rosa e o Pinheiro do Paraná.
Atualmente, segundo o documento, 80% da madeira
extraída da Amazônia são para
consumo interno no país e o restante é
utilizado pelo estado de São Paulo.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Pedro Malavolta