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PROGRAMA
ANTÁRTICO BRASILEIRO COMPLETA 20
ANOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2004
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O Programa Antártico
Brasileiro (Proantar) completa hoje 20 anos de pesquisas
científicas numa das regiões mais
ricas e frágeis do planeta. O Ministério
do Meio Ambiente, em parceria com o Ministério
da Ciência e Tecnologia/CNPq e com a Marinha
do Brasil, está desenvolvendo no local o
projeto ambiental Mudanças Ambientais na
Antártica: impacto global e local, que faz
o monitoramento do ambiente da região e das
mudanças ambientais globais. A equipe que
participa do trabalho conta com 250 pesquisadores
divididos em 26 grupos de 20 instituições
brasileiras e 17 instituições estrangeiras.
Além desse projeto, o Ministério do
Meio Ambiente coordena o Grupo de Avaliação
Ambiental do Proantar, encarregado de avaliar o
impacto das atividades brasileiras no ambiente antártico,
uma exigência internacional estabelecida pelo
Protocolo de Madri, do qual o Brasil é signatário.
Nesses 20 anos de estudos e pesquisas na Estação
Comandante Ferraz, os cientistas brasileiros aprofundaram
conhecimentos sobre ambientes frios (vida marinha,
solo, atmosfera), buscando uma melhor compreensão
dos processos que ocorrem naquele continente e seus
efeitos sobre o planeta e, em especial, sobre o
Brasil.
O Programa Antártico Brasileiro é
uma das grandes conquistas nacionais. Os estudos
realizados pelos pesquisadores têm colocado
o Brasil em evidência na comunidade científica
internacional, proporcionando condições
ao país de participar das discussões
sobre o destino daquele continente. Tem trazido
também conhecimentos fundamentais sobre fenômenos
naturais que têm origem nas regiões
polares e que afetam direta ou indiretamente a nossa
população.
Além do interesse sobre o papel da Antártica
nas mudanças globais e suas conseqüências
para toda a humanidade, também passou a ser
motivo de preocupação o impacto das
atividades humanas no meio ambiente antártico.
O homem está cada vez mais presente naquela
região, seja para realizar atividades científicas
ou pelo turismo.
Antártica - A Antártica é a
maior reserva do planeta, detém 80% da água
doce e 90% do gelo, recursos vivos e minerais (inclusive
petróleo) incalculáveis. É
o continente dos superlativos - o mais frio, mais
seco, mais alto, mais ventoso, mais remoto e o mais
desconhecido, e um dos principais controladores
da circulação atmosférica e
oceânica do planeta.
Apesar da aparente ausência de vida nas áreas
emersas da Antártica, as comunidades biológicas
marinhas são ricas e diversas. Os organismos
que vivem nos fundos marinhos, debaixo do gelo,
são únicos. A sua grandeza e vastidão,
seus valores naturais e agrestes, praticamente intocados
pelo homem, constituem em um dos mais importantes
patrimônios da humanidade que deve ser preservado.
Por isso a Antártica foi designada como reserva
natural, consagrada à paz e à ciência,
pelo Protocolo de Madri - Protocolo ao Tratado da
Antártica que dispõe sobre a proteção
ao meio ambiente.
A Estação - A Estação
Comandante Ferraz começou suas atividades
em 1984, e contava com oito módulos para
abrigar 12 pessoas, entre pesquisadores e pessoal
de apoio. Atualmente, a EACF é composta por
63 módulos, entre alojamentos, laboratórios,
oficinas, sala de estar, enfermaria, cozinha, biblioteca,
paióis, sala de comunicações,
ginásio de esportes e um heliporto, perfazendo
uma área de aproximadamente 150 m2 de área
construída. Possui instalações
para abrigar 40 pessoas. Além disso, tem
toda estrutura para o trabalho dos pesquisadores,
laboratório de biologia, módulos de
Ciências da Atmosfera, módulo de Aquários,
módulo de Meteorologia, módulo de
Ionosfera, módulo de Química, módulo
de Triagem, lancha de pesquisa, botes infláveis,
microcomputadores e impressoras. A energia elétrica
é abastecida por meio de motores diesel-geradores
e o abastecimento de água é proveniente
de dois lagos de degelo que estão próximos
à Estação.
A Estação conta com um Grupo Base
constituído por três oficiais e sete
praças (sargentos e cabos) da Marinha, pesquisadores
e um grupo de manutenção. Possui ainda,
um centro de comunicações e uma agência
de correios.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa