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REUNIÕES
INTERNACIONAIS AVANÇAM NA PROTEÇÃO
DA BIODIVERSIDADE
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2004
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Governantes
de mais de 180 países aprovaram um programa
de trabalho abrangente para impedir o aumento da
perda de biodiversidade na 7a Conferência
das Partes (COP 7) da Convenção das
Nações Unidas sobre Diversidade Biológica
(CDB), realizada em Kuala Lumpur (Malásia).
Os países se comprometeram em criar uma rede
de áreas protegidas e em reconhecer os direitos
dos povos indígenas e das comunidades tradicionais,
mas a grande novidade da reunião foi a inclusão
dos ecossistemas oceânicos nas estratégias
de proteção e a criação
de áreas marinhas protegidas. “Finalmente,
a Convenção elaborou um plano consistente,
com metas e objetivos factíveis, e que prevê
a proteção da biodiversidade até
2010”, afirmou Paulo Adário, coordenador
da campanha da Amazônia, do Greenpeace, presente
à reunião na Ásia. Para o Greenpeace,
o grande problema a ser enfrentado nos próximos
anos é definir o compromisso financeiro efetivo
dos países ricos. Para pressionar os governantes
reunidos em Kuala Lumpur a protegerem a biodiversidade,
o Rainbow Warrior, barco símbolo do Greenpeace,
esteve no início do ano na Ásia denunciando
a destruição das florestas primárias
da Indonésia. A próxima reunião
da CDB será realizada no Brasil, em 2006.
Protocolo de Cartagena
entra em vigor
A primeira legislação
internacional de biossegurança, mais conhecida
como Protocolo de Cartagena, já pode ser
implementada por seus mais de 80 países,
incluindo o Brasil. Diretrizes para regulamentar
o transporte de organismos geneticamente modificados
(OGMs) entre os países foram definidas durante
a primeira reunião intergovernamental dos
membros, realizada na Convenção de
Diversidade Biológica (CDB) em Kuala Lumpur
(Malásia). O maior avanço das negociações
foi a elaboração de um mecanismo de
responsabilização e compensação
dos países exportadores por possíveis
danos de contaminação causados ao
meio ambiente. Para a coordenadora da campanha de
Engenharia Genética do Greenpeace, Mariana
Paoli, a legislação é um avanço
na proteção do meio ambiente, mas
precisa ser melhorada nas próximas reuniões
com a inclusão de exigências de uma
documentação mais detalhada e rigorosa
no transporte e na comercialização
transnacionais dos transgênicos.
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa