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IBAMA CONDENA
USO DE TILÁPIAS COMO ISCAS VIVAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Maio de 2004
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O Ibama é
contra o uso de tilápias como iscas vivas
para a a pesca do bonito nas regiões Sul
e Sudeste e deve negar os pedidos de pesquisa nesse
sentido. A decisão tem como objetivo evitar
que a espécie, originária da África,
acabe com peixes nativos e prejudique a pesca, como
ocorreu em várias regiões. A tilápia
deverá ser proibida em águas estuarinas,
lagunares e na zona costeira do país devido
aos seus efeitos genéticos e ecológicos
negativos.
Segundo estudos científicos, a introdução
de peixes exóticos pode ser irreversível.
As tilápias chegam a devorar os alevinos
de outras espécies, a ponto de comprometer
os estoques pesqueiros de uma região. A principal
preocupação do Ibama é com
a tainha, cuja pesca desenvolvida em pequena escala
(artesanal) poderia se acabar com a introdução
das tilápias.
Em Laguna de los Patos, na Venezuela, constatou-se
que em 12 anos houve a drástica redução
de 22 para apenas 10 espécies de peixes.
O desequilíbrio foi causado pela introdução
da tilápia. O peixe também provocou
estragos semelhantes no sul dos Estados Unidos,
no Havaí, na Nova Guiné e nas Ilhas
Caroline.
O desaparecimento de espécies nativas, envolve
uma rede de consequências ambientais. "Cada
espécie tem uma determinada função
no meio ambiente e se essas funções
deixam de ser cumpridas, todo o ecossistema pod
entrar em colapso", disse José Dias,
coordenador-geral de Gestão de Recursos Pesqueiros
do Ibama. Segundo ele, os estudos científicos
existentes são suficientes para sermos prudentes
em relação ao assunto".
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom