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PRODUTORES
RURAIS CONHECEM SISTEMA FOSSA BIODIGESTORA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Maio de 2004
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Dia 6 de maio, cerca
de 400 produtores rurais terão a oportunidade
de conhecer o sistema Fossa Séptica Biodigestora
durante um dia de campo que iníciou às
8 horas, no Centro Comunitário Sítio
dos Campos, em Mogi Mirim, interior de São
Paulo. Desenvolvido pela Embrapa Instrumentação
Agropecuária (São Carlos, SP), unidade
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, para propiciar o saneamento básico
na zona rural, o sistema é fácil de
ser montado, de custo acessível e de eficiência
comprovada.
A Fossa Biodigestora, alem de evitar a contaminação
do meio ambiente, gera adubo orgânico de alta
qualidade, rico em macro e micronutrientes e pode
ser utilizado para complementar a adubação
de NPK na ordem de 4.2kg por ano, aproximadamente.
O dia de campo é realizado pela Embrapa Instrumentação
Agropecuária, localizada em São Carlos,
em parceria com a CATI Regional de Mogi Mirim, Casa
da Agricultura e Prefeitura Municipal da cidade.
A programação foi dividida em duas
partes: palestra do pesquisador Antonio Pereira
de Novaes, responsável pelo desenvolvimento
da Fossa, às 10 horas, e demonstração
prática do sistema, às 11 horas.
A Fossa Séptica Biodigestora substitui as
chamadas fossas negras, encontradas na zona rural,
que poluem águas subterrâneas e que,
consequentemente, contaminam a água de poços
caseiros. Ao ser consumida pode provocar hepatite,
cólera, salmonelose, entre outras. Para evitar
isso, a Embrapa Instrumentação Agropecuária
desviou a tubulação dos vasos sanitários
para caixas de amianto, nos quais os coliformes
fecais são transformados em adubo orgânico,
pelo processo de biodigestão.
De acordo com dados da FAO/ONU, a agricultura de
base familiar reúne cerca de 14 milhões
de pessoas, mais de 60% do total de agricultores,
e detém 75% dos estabelecimentos agrícolas
no Brasil. No Estado de São Paulo, 86% das
277 mil propriedades agrícolas têm
área inferior a 50 hectares. Segundo estatísticas
do IBGE de 2001, apenas cerca de 12% do esgoto rural
recebe algum tipo de tratamento, mas em algumas
regiões, como Norte e Nordeste, esta porcentagem
se reduz ainda mais, atingindo pouco mais de 5%.
A falta de água tratada e de esgoto sanitário
compromete fortemente a saúde da população.
Cerca de 75% das internações hospitalares
estão relacionadas à falta de saneamento
básico, conforme dados do Ministério
da Saúde.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Joanir Silva)