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BRASIL VOLTA
A DEFENDER O SANTUÁRIO
DE BALEIAS NO ATLÂNTICO SUL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Julho de 2004
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O Brasil tentará
mais uma vez emplacar a proposta para criação
do Santuário de Baleias do Atlântico
Sul durante a 56ª Reunião da Comissão
Internacional da Baleia - CIB, entre os dias 19
e 22 de julho, em Sorrento, Itália. O país
já havia apresentado o texto para implementação
do santuário em quatro outras oportunidades,
desde 1998. Se aprovada, a área de proteção
restringirá o uso dos cetáceos apenas
a atividades não-letais, tais como a pesquisa
científica e o turismo de observação.
Se a criação do santuário tiver
os votos necessários, sua implementação
é praticamente imediata. Logo após
a efetivação da área de proteção,
devem ser criados mecanismos de controle e fiscalização,
impedindo atividades predatórias. O santuário
do Atlântico Sul se somaria ao Santuário
da Antártica, compondo uma imensa área
dedicada à preservação ao habitat
das baleias no Hemisfério Sul.
Para José Truda Palazzo Júnior, presidente
da Coalizão Internacional da Vida Silvestre
- IWC/BR - que já está na Itália
participando das preliminares da reunião
- as baleias valem muito mais vivas do que mortas.
Ele acredita na aprovação do Santuário
do Atlântico Sul na reunião da CIB,
mas, para tanto, espera ter apoio internacional.
Para aprovação da medida pela Comissão,
são necessários três em cada
quatro votos dos 40 países membros.
A região marinha entre o Brasil e a África
é de significativa importância para
a reprodução, amamentação,
migração e alimentação
para 11 das 14 espécies de baleias que existem
no mundo. Entre elas, se destacam: baleia-azul (o
maior animal do planeta), as baleias de bryde, fin,
espadarte, jubarte, franca, franca pigméia,
cachalote, minke e minke-anã.
A comissão
A Comissão Internacional da Baleia foi criada
em 1946, por países caçadores de baleias
com o objetivo de regular a caça e tentar
recuperar a quantidade de baleias - que vinham desaparecendo
devido à caça predatória -
propiciando a continuidade da pesca comercial. Entre
suas atribuições estão a implementação
de medidas para a proteção completa
de certas espécies, a designação
de áreas de proteção, a definição
de cotas de captura, o tamanho dos animais que podem
ser capturados e as estações de caça.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom