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SECRETARIA
DO MEIO AMBIENTE PATROCINA ACORDO ENTRE
GOVERNOS PAULISTAS E BÁVARO
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Julho de 2004
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O
secretário estadual do Meio Ambiente,
professor José Goldemberg, assinou
nesta terça-feira (6/7) o protocolo
de intenções para a cooperação
técnica na área de energia renovável,
com o Governo da Baviera, representado pelo
secretário-adjunto de Economia, Infra-estrutura,
Transporte e Tecnologia, Hans Spitzner. O
documento recebem, também, as assinaturas
dos secretários estaduais de Ciência,
Tecnologia, Desenvolvimento Econômico
e Turismo, João Carlos Meirelles, de
Energia, Recursos Hídricos e Saneamento,
Mauro Arce, e de Agricultura e Abastecimento,
Antônio Duarte Nogueira. |
Pedro
Calado
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A secretária-adjunta
do Meio Ambiente, Suani Teixeira Coelho,
lembrou que a iniciativa do Estado de São
Paulo na Conferência de Johannesburgo,
realizada na África do Sul, em 2002,
que se transformou na iniciativa brasileira
de energia, propondo metas para a participação
de energias renováveis na matriz
energética mundial, estava tendo
prosseguimento com o protocolo.
A cooperação técnica
oferecida pela Baviera, que possui uma matriz
energética com importante participação
de energia renovável, tem, como contrapartida,
a intenção de intensificar
as atividades econômicas com o Brasil.
Hoje, a Baviera é o principal parceiro
econômico do Brasil na América
Latina. A balança comercial Brasil-Alemanha
foi de US$ 4,6 bilhões em importações
e US$ 4,4 bilhões em
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exportações,
em 2003. A participação da Baviera
no total de investimentos da Alemanha no Brasil
é de 18,4%, apresentando assim uma parcela
acima da média.
As empresas bávaras investiram no mercado
brasileiro quase 1,5 bilhões de euros em
2000, e cerca de 100 empresas com participação
bávara, no Brasil, empregam mais de 27.000
pessoas.
Os interesses dos demais
signatários
O secretário João
Carlos Meirelles, de Ciência, Tecnologia,
Desenvolvimento Econômico e Turismo, disse
que a assinatura do protocolo de intenções
contribui para o estreitamento das relações
com o Estado da Baviera, promovendo operações
conjuntas diante da exigência do mundo moderno
por práticas renováveis.
O secretário exortou a Alemanha para a
utilização do álcool como
aditivo da gasolina, a exemplo do Brasil, ressaltando
a participação do IPT – Instituto
de Pesquisas Tecnológicas no desenvolvimento
do uso desse combustível em substituição
ao combustível fóssil dos veículos
nacionais, na década de 70. "Atualmente,
15% do total da produção de veículos
no Brasil possuem motor flexfuel", disse.
Meirelles falou também sobre o uso do bagaço
da cana para gerar energia na produção
de açúcar e álcool e o esforço
nacional em utilizar oleaginosas para produzir
o biodiesel, para ser adicionado ao diesel convencional.
"Podemos, por meio deste protocolo, dar passos
vigorosos para uma colaboração recíproca
com rápidas conquistas", disse o secretário,
que informou, ainda, ser São Paulo a maior
cidade industrial alemã, fora da Alemanha.
O secretário Mauro Arce mostrou especial
disposição em participar do esforço
conjunto do Governo de São Paulo com o
da Baviera por enxergar novos desafios para conseguir
a energia necessária para o desenvolvimento
do Brasil, sem danos ao meio ambiente. Também
agradeceu ao governo alemão os equipamentos
de energia solar doados para 100 escolas rurais
do Estado.
"A idade da pedra não terminou for
falta de pedras, assim como os combustíveis
fósseis não vão acabar por
falta de ossos", disse o secretário
Antônio Duarte Nogueira, da Agricultura
e Abastecimento, fazendo um trocadilho para mostrar
que estamos no caminho da substituição
da energia fóssil por energia renovável.
São Paulo, informou o secretário,
já produz 60% do álcool produzido
no País e a eliminação gradativa
da queima da palha da cana, que era o grande problema
nessa atividade, já alcançou 60%.
"São 30 anos de aprendizagem na redução
do custo de produção do álcool,
que passamos para a Baviera, e esperamos que o
País não leve todo esse tempo para
também para reduzir os custos do biodiesel",
disse Nogueira, afirmando que o Estado de São
Paulo reduziu mais da metade da sua carga tributária
com o uso do álcool carburante. Ao finalizar,
falou da importância do uso de combustíveis
limpos para o sucesso do Protocolo de Kyoto e,
conseqüentemente, do sistema de créditos
de carbono que o Brasil pode utilizar para o seu
desenvolvimento sustentável.
O secretário do Meio Ambiente, por sua
vez, agradeceu a presença dos principais
secretários envolvidos com a questão
no Estado de São Paulo e que exercem um
papel de protagonistas participando da assinatura
do protocolo de cooperação com o
Estado Livre da Baviera. Goldemberg ressaltou
a importância desse documento para que,
com ações conjuntas, seja possível
mudar a matriz energética mundial.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual
do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Renata Egydio)
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