 |
PROGRAMA
PILOTO DE COMBATE AO CARAMUJO AFRICANO É
LANÇADO NO RIO GRANDE DO NORTE
Panorama
Ambiental
Natal (RN) - Brasil
Abril de 2004
|
 |
A Campanha de controle
do caramujo africano Achatina fulica, foi lançada
no último fim de semana em Parnamirim, Rio
Grande do Norte, numa parceria entre a Prefeitura
Municipal e a Gerência Executiva do Ibama/RN.
Ao final do primeiro dia de campanha, cerca de meia
tonelada de caramujos foi retirada da natureza.
O dia C (combate ao caramujo) como ficou conhecida
a data de 03 de abril mobilizou a comunidade reunindo
cerca de 1.610 alunos, 170 agentes do programa de
saúde da família, 101 agentes de endemias,
além de dezenas de voluntários, que
devidamente equipados com luvas e sacos plásticos
saíram à cata do molusco em terrenos
baldios, casas e áreas próximas a
lagoas.
Para dar apoio a esse exército a prefeitura
montou esquemas de coletas (latões fechados)
em escolas municipais, estaduais e unidades de saúde.
Ao final da tarde, a Secretaria de Serviços
Urbanos recolheu os moluscos que foram massacrados
e enterrados em valas com cal virgem. O prefeito
de Parnamirim, Agnelo Alves comandou a abertura
do Dia C na praça da Matriz, falou sobre
a parceria com o Ibama e a determinação
do município em controlar a praga de moluscos.
“Foram treinados 70 agentes multiplicadores no município,
entre agentes de saúde e professores, para
conscientizar a população quanto ao
perigo que esse molusco representa para nossa comunidade”,
informou lembrando que treinamento foi ministrado
pelos técnicos do Ibama/RN. O gerente executivo
do Ibama/RN, Claudius Monte de Sena, que acompanhou
todas as etapas do processo no dia 03, ao lado do
analista ambiental da CGFAU, Fábio Faraco,
disse que Parnamirim foi escolhida para a implantação
do projeto piloto devido ao alto índice de
infestação.
“A campanha desenvolvida aqui será levada
para todo o País, uma vez que 19 estados
estão sofrendo com a praga do caramujo africano”,
alertou. O caramujo Achatina fulica é um
molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste
da África. Foi introduzido no Brasil como
“escargot” porém é muito diferente
do “escargot verdadeiro” (Helix aspersa). Tornou-se
uma praga em quase todo território nacional:
ataca e destrói plantações,
come frutas e legumes, pode ser o transmissor de
vermes que causam doenças perigosas como
a Angiostrongilíase meningoencefálica
humana (meningite) e a Angiostrongilíase
abdominal (apendicite), além de estar competindo
com outros moluscos da fauna nativa, podendo levá-los
a extinção.
O secretário de Serviços Urbanos,
Naor Ferreira da Silva, lembrou que a comunidade
é fundamental para o controle da praga.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom