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WORKSHOP
SOBRE O PLANO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO
DE ALBATROZES E PETRÉIS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Abril de 2004
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De 5 a 6 de abril
será realizado em Santos, São Paulo,
o WorkShop para Discussão do Plano Nacional
para a Conservação de Albatrozes e
Petréis (Planacap). O evento é promovido
pelo Ibama, por meio da Coordenação
Geral de Fauna, cujo coordenador e pelo Projeto
Albatroz. O Planacap é um compromisso do
governo brasileiro perante a FAO, órgão
das Nações Unidas que monitora e regula
questões internacionais ligadas à
pesca e tem promovido um acordo internacional pela
conservação dos albatrozes e petréis.
O plano foi elaborado por técnicos do Projeto
Albatroz e BirdLife International – Programa do
Brasil, com recursos da FAO e apoio do Ibama. A
versão preliminar será discutida durante
o Workshop que terá participação
de representantes de diversos setores, como a Secretaria
Especial de Aqüicultura e Pesca, o Conselho
Nacional de Pesca e Aqüicultura – Conepe, empresários
da pesca, representantes do Governo (MMA/IBAMA),
o Departamento de Meio Ambiente do Ministério
das Relações Exteriores, Secretaria
do Meio Ambiente de São Paulo e de especialistas
e pesquisadores de institutos de pesquisa, museus
e universidades.
A nova lista brasileira de espécies ameaçadas
de extinção, divulgada pelo Ministério
do Meio Ambiente, já considera seis espécies
de albatrozes e cinco petréis como ameaçados
no Brasil. Estes incluem espécies que já
eram consideradas globalmente ameaçadas pela
IUCN e BirdLife International, como o Albatroz-errante
(Wandering Albatross Diomedea exulans e a Pardela-de-óculos
(Spectacled Petrel Procellaria conspicillata), e
duas das novas espécies incluídas
na lista global de espécies ameaçadas:
o albatroz-de-nariz-amarelo (Atlantic Yellow-nosed
Albatross, Thalassarche chlororhynchos) e o albatroz-de-sobrancelha
(Black-browed Albatross, Thalassarche melanophrys).
O maior problema para essas aves no Brasil, assim
como no restante do mundo, é a mortalidade
acidental causada pela pesca com espinhéis
direcionada para a captura de atuns, espadartes
e outros grandes peixes oceânicos. As águas
brasileiras, especialmente aquelas fora dos estados
entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, são
uma importante área de alimentação
para albatrozes e petréis que nidificam em
locais tão distantes como as ilhas subantárticas.
Por exemplo, a grande maioria dos albatrozes-de-sobrancelha
que ocorrem no Brasil é originária
das Ilhas Malvinas, enquanto que os albatrozes-errantes
fazem seus ninhos na Geórgia do Sul.
Além de incluir os albatrozes em sua lista
de espécies ameaçadas, o Brasil está
tomando providências efetivas para evitar
que essas aves continuem a ser mortas pelos espinheleiros.
O Instituto Albatroz, ONG baseada na cidade portuária
de Santos, SP, tem trabalhado junto a pescadores
e empresas de pesca desenvolvendo e divulgando medidas
que evitam a captura das aves, como o uso de "espantadores
de aves". Em parceria com a Mix-Produtos Alimentícios
Ltda vem desenvolvendo corantes azuis para a pesca,
inofensivos ao meio ambiente, para se tingir as
iscas e diminuir a tração destas sobre
as aves. Estas medidas já estão sendo
utilizadas por parte da frota espinheleira de Santos,
SP, e Itajaí, SC, com grande sucesso.
O evento será realizado na Fortaleza de Santo
Amaro da Barra Grande, com apoio da UniSantos, IPHAN
e Instituto Florestal / SMA – SP. A Fortaleza foi
erguida em 1584 no contraforte sul da Baía
de Santos e vista de frente a partir de todas as
praias da Baía de Santos. Assentado sobre
um esporão rochoso coberto pela Mata Atlântica,
que se projeta sobre o canal de acesso ao Porto
de Santos, este monumento histórico nacional
pertencente ao IPHAN, Instituto Histórico
e Artístico Nacional, é administrado
pela Universidade Católica de Santos – UniSantos,
integrando o pólo turístico da Baixada
Santista e recebe em média 1500 visitantes
por mês.
A versão preliminar do Planacap que será
discutida durante a reunião pode ser acessada
através do endereço www.projetoalbatroz.com.br/planacao.
Informações para Imprensa: Tatiana
Neves – bióloga e coordenadora do Projeto
Albatroz - Cel- 013 9785-3747 - e-mail tatiana.neves@iron.com.br
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom