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BRASIL JÁ
UTILIZA MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO
EM SALVADOR E NOVA IGUAÇU
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004
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O Brasil encontrou
uma forma de efetivar o desenvolvimento limpo antes
mesmo de o Protocolo de Quioto ser validado em nível
global. A afirmação foi feita hoje
pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo
Campos, na abertura do seminário: Mudanças
Climáticas: Desafios e Oportunidades, promovido
pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável da Câmara dos Deputados.
O ministro citou dois projetos aprovados pela Casa,
um no Lixão de Salvador (BA), e outro em
Nova Iguaçu (RJ), que, segundo ele, “inauguraram
a utilização desse mecanismo que poderá
atrair muitos recursos para investimentos em projetos
de forte relação com a questão
ambiental e que poderão gerar emprego e cidadania”.
De acordo com Eduardo Campos, o Brasil é
líder nessa matéria, tendo ajudado
a definir mecanismos de desenvolvimento limpo e
acompanhado todo o processo de discussão
de Quioto. “Temos torcido para que esse mecanismo
seja aprovado por outros países e, em particular,
pela Rússia, que dá sinais de que
poderá vir a assinar o Protocolo de Quioto.
Campos ressaltou que a União Européia
vem estabelecendo mecanismos que podem abrir um
grande mercado para crédito de carbono. Por
outro lado, embora sejam considerados os maiores
emissores de gases poluentes que afetam a camada
de ozônio, os Estados Unidos recusaram-se
a assinar esse protocolo.
O ministro da Ciência e Tecnologia explicou
que os créditos de carbono são utilizados
por países que precisam fazer redução
da emissão de gases poluentes e recebem cotas
que são transferidas para seu parque industrial.
Dessa forma, os países têm melhores
condições para reduzir a emissão
desses gases, sendo uma grande fonte de financiamento
para projetos estruturadores.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Benedito Mendonça