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EMBRAPA
MEIO AMBIENTE PARTICIPA DO PROGRAMA BIOTA,
O INSTITUTO VIRTUAL DA BIODIVERSIDADE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004
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Em
31 de maio de 2004, o Programa Biota da Fundação
de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp) fez 5 anos. A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariuna,
SP), unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
participou das comemorações, em São
Paulo, na sede da Fundação.
O Biota agrega também o Instituto Virtual
da Biodiversidade e tem como objetivo fazer o levantamento
e a caracterização da biodiversidade
do Estado. Os pesquisadores de mais de 50 projetos
do programa padronizam amostras, produzem e armazenam
informações relevantes para a conservação
e o uso sustentável da natureza para entender
os processos que geram e mantêm a biodiversidade,
assim como aqueles que podem resultar na sua redução.
O programa Biota subsidia estratégias públicas
de planejamento ambiental e envolve mais de 400
profissionais de instituições de pesquisa
do Estado de São Paulo. Outros 70 pesquisadores
de outros estados e aproximadamente 50 pesquisadores
do exterior também participam dos projetos.
Coleção
de recursos genéticos microbianos
A Embrapa participa
do programa com estudos em biodiversidade microbiana,
mantendo a coleção de culturas de
bactérias, fungos e actinomicetos endofíticos.
O projeto visa ao levantamento da biodiversidade
e estudos filogénicos de microrganismos endofíticos
de plantas de importância agronômica
e ecológica, como também estuda o
potencial de aplicação desses organismos
na agricultura.
As coleções de culturas são
fontes de materiais para estudos científicos
e para triagem de produtos com propriedades biotecnológicas.
São importantes especialmente como a única
opção para a manutenção,
a longo prazo, da diversidade genética, explica
Itamar Soares de Melo, coordenador do Projeto.
A descoberta de novas espécies de fungos
e bactérias abre novas áreas de exploração
biotecnológica que dita a necessidade de
isolar, caracterizar e determinar a biodiversidade
em diferentes espécies de plantas.
A equipe da Embrapa isolou e identificou bactérias
de café, milho, soja, citros, mandioca, algodão,
brachiaria, xaxim e palma. Avaliou o potencial de
bactérias e actinomicetos endofíticos
no controle biológico de doenças de
plantas, fixação de nitrogênio,
produção de auxina, solubilização
de fosfato e produção de enzimas.
A biodiversidade é a base genética
da qual a biotecnologia se vale para desenvolver
processos e produtos de interesse econômico
e/ou social e ela tem sido subestimada mormente
porque desconsiderou-se muitos habitats ricos em
espécies.
Mesmo sendo ainda pouco conhecida, a biodiversidade
microbiana é responsável pela produção
de centenas de substâncias industriais, como
vacinas, enzimas, antibióticos, anticancerígenos,
além de ser fonte de alimentos, representando
dezenas de bilhões de dólares em todo
o mundo.
O interesse pelos microrganismos endofíticos
tem aumentado à medida em que se descobre
que eles exercem funções importantes
na manutenção da fertilidade do solo,
no controle biológico, na produção
de fármacos, entre outros.
Durante as comemorações foram lançados
os livros Flora Ficológica do Estado de São
Paulo (volume 5), Plantas do Cerrado Paulista: imagens
de uma paisagem ameaçada (algumas das fotos
usadas na identificação foram feitas
há mais de 18 anos) e Estação
Ecológica Juréia-Itatins ambiente
físico, flora e fauna.
Um dos projetos discutidos no encontro pretende
agrupar por bacia geográfica todas as espécies
identificadas pelos vários grupos de pesquisa.
A reunião dos dados pode ajudar os cientistas
a conhecer melhor regiões pouco estudadas
do Estado, explica o coordenador do Biota, o pesquisador
da Unicamp, Carlos Jolly.
Exposição
Biodiversidade do Estado de São Paulo: cores
e sombras
A exposição fotográfica _Cores
e sombras da biodiversidade do Estado de São
Paulo está exposta no Espaço Cultural
do Citibank, em São Paulo, na Avenida Paulista.
A mostra traz informações sobre a
Mata Atlântica e o Cerrado, os dois grandes
biomas paulistas. Textos didáticos, mapas
e imagens de satélites revelam a situação
atual e a distribuição espacial dos
ambientes aquáticos, dos centros urbanos
e da vegetação nativa remanescente
nessas áreas. O público conhecerá
os ecossistemas a partir do mar, como se seguisse
do litoral ao interior do estado.
Até janeiro de 2005, a exposição
será levada para outras regiões da
cidade de São Paulo, em unidades do Serviço
Social do Comércio, SESC, em Itaquera e Interlagos,
e para alguns municípios do estado, como
Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão
Preto e Bertioga.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Cristina Tordin