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MINISTRA
INAUGURA LABORATÓRIO NA COMEMORAÇÃO
DOS 196 ANOS DO JARDIM BOTÂNICO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2004
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A ministra Marina
Silva participou, no Rio de Janeiro, das comemorações
dos 196 anos do Jardim Botânico, dia 9 de
junho, com uma série de atividades que marcam
conquistas importantes da instituição.
A ministra inaugurou os laboratórios de Fitossanidade
e de Biologia Molecular, e do Banco de DNA, único
no Brasil de espécies vegetais nativas, dedicado
à pesquisa da flora brasileira.
No mesmo dia foi reaberta ao público a Estufa
de Insetívoras, que passou por uma reforma
e recuperou sua função original de
espaço para exposição das Coleções
Vivas do JBRJ. Uma das atrações do
lugar é a réplica do Graf Zeppelin,
que ficará suspensa na cúpula da estufa.
Em 1935, o dirigível trouxe do Jardim Botânico
de Berlim-Dahlem, na Alemanha, os primeiros espécimes
de plantas insetívoras.
Durante o evento a ministra apresentou o Fundo de
Áreas Protegidas (FAP), a mais nova iniciativa
para a conservação da biodiversidade
amazônica, parte integrante do programa governamental
Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA).
O FAP, que já nasce com recursos da ordem
de 1 milhão de dólares, será
administrado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
(Funbio).
A ministra Marina Silva deu ainda a aula inaugural
do _Projeto Agentes da Natureza _ Monitores do Jardim
, que prepara estudantes da rede pública
de ensino para informar e orientar os visitantes,
ajudando a preservar as mais de 13.000 plantas do
arboreto.
Todas essas iniciativas se inserem na proposta do
Jardim Botânico de ser uma instituição
voltada para a pesquisa científica e a educação
ambiental e aberta à interação
com a sociedade.
Laboratório
de Fitossanidade
O Laboratório
de Fitossanidade permitirá o combate e a
prevenção de doenças provocadas
por microorganismos como cupim, broca e formiga,
que atingem 50% das árvores e plantas do
JBRJ. Além de diagnosticar e propor estratégias
de controle às pragas, ele irá agregar
aos quadros permanentes da instituição
pesquisadores da área de fitopatologia. Esta
ação consolidará a integração
do JBRJ à Política Nacional de Biodiversidade,
conforme atribuição do Ministério
do Meio Ambiente.
Estufa das
Insetívoras
A reforma da estufa
teve como objetivo resgatar sua função
original, que é ser um espaço para
exposição das Coleções
Vivas do JBRJ. Sua revitalização permitirá
o acesso do público a coleções
há muito fechadas à visitação,
como a Cactaceae. O acervo será disposto
de forma didática e atraente, acompanhado
de informações históricas e
científicas, de modo a atrair o interesse
dos visitantes. O público leigo saberá,
por exemplo, que as insetívoras, como são
conhecidas as plantas que se alimentam de insetos,
pertencem à espécie Nepenthes. A estufa
ganhou uma novidade: uma réplica do Graf
Zeppelin, suspensa na cúpula. O dirigível
trouxe do Jardim Botânico de Berlim-Dahlem,
na Alemanha, em 1935, os primeiros espécimes
de plantas insetívoras. A reforma foi patrocinada
pela Caixa Econômica Federal.
Laboratório
de Biologia Molecular
A exemplo de outros
jardins botânicos e institutos de pesquisas
internacionais, o Jardim Botânico do Rio de
Janeiro terá uma ferramenta de ponta para
o estudo vegetal. O laboratório permitirá
o desenvolvimento de pesquisas em biologia molecular,
aprofundando abordagens sobre a classificação
das plantas e sua conservação genética,
eixos técnico-científicos essenciais
à consolidação da missão
do Jardim Botânico na preservação
da flora brasileira. O laboratório estabeleceu
um convênio com o Departamento de Bioquímica
Médica da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ).
Banco de
DNA
O Jardim Botânico
do Rio de Janeiro é o primeiro do Brasil
a contar com um banco de DNA voltado para a pesquisa
da nossa flora e a conservação genética
de sua diversidade. A partir dele será possível
conservar genes que, no futuro, poderão ser
utilizados para produzir substâncias de interesse
econômico, mesmo que a espécie não
mais exista na natureza. O banco vai trabalhar com
amostras de coleções do arboreto como
palmeiras; espécies relevantes de ecossistemas
brasileiros raros e/ou ameaçados, com ênfase
nos ecossistemas fluminenses; amostras do herbário;
grupos taxonômicos estudados pelos pesquisadores
do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico
do Rio de Janeiro. O laboratório tem patrocínio
da Aliança do Brasil Companhia de Seguros,
empresa coligada do Banco do Brasil.
Monitores
do Jardim
O objetivo do Projeto
_Agentes da Natureza _ Monitores do Jardim é
recrutar e treinar 40 alunos da rede pública
de ensino, com idades entre 16 e 20 anos. Durante
treze meses, distribuídos em dois turnos,
os estudantes vão informar e orientar os
visitantes, de modo a preservar as mais de 13.000
plantas do arboreto. Eles estarão aptos também
a dar informações sobre o acervo do
Jardim e sua história. Inspirada no projeto
_O Primeiro Emprego do governo federal, a iniciativa
visa também, através da educação
ambiental, dar noções de cidadania
aos jovens participantes.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom