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ADOÇÃO
DE MICOS-LEÕES-DOURADOS PODE AJUDAR
A SALVAR A ESPÉCIE
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Maio de 2004
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A
Associação Mico-Leão-Dourado
- AMLD acaba de criar o projeto de Adoção
de Famílias de Micos-Leões-Dourados.
Destinado a empresas e pessoas físicas,
o projeto tem como objetivo apoiar e ampliar
os trabalhos de pesquisa e conservação
da espécie e do seu habitat. Além
de ajudar a espécie diretamente, os
recursos obtidos com a adoção
serão utilizados na recuperação
de florestas e na educação ambiental.
Os procedimentos para a adoção
estão no site http://www.micoleao.org.br
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Ibama
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O mico-leão-dourado (Leontopithecus
rosalia) está entre os animais mais
ameaçados de extinção
em todo o mundo. Restam apenas cerca de mil
indivíduos na natureza. Todos na região
de Silva Jardim e Cassimiro de Abreu, no Rio
de Janeiro. A floresta onde vive a espécie
foi reduzida a cerca de oito por cento de
seu tamanho original.
"As adoções de animais
ameaçados são responsáveis
pela recuperação de várias
espécies em todos os continentes. Em
qualquer lugar do Planeta, os governos sozinhos
não conseguem investir o necessário
para a ajudar na conservação
das espécies. É preciso a participação
da sociedade, pois uma espécie que
desaparece para sempre é um prejuízo
para toda a humanidade", diz Denise Rambaldi,
secretária-geral da AMLD.
O mico-lão-dourado (Leontopithecus
rosalia) é uma rara espécie
de primata endêmico da Mata Atlântica
de baixada costeira fluminense - só
existe naturalmente naquele local e em nenhuma
outra parte do mundo. Atualmente, a distribuição
dos animais está rstrita a sete municípios
da |
Região
dos Lagos Fluminense: Silva Jardim, Rio Bonito,
Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Armação
dos Búzios, Cabo Frio e Saquarema.
Melhor situação
nas listas de ameaçados
Nas listas de espécies
ameaçadas de extinção da IUCN
(União Internacional para a Conservação
da Natureza) e do Ibama, o mico-leão-dourado
é classificado atualmente como "ameaçado
de extinção". Apesar da sua frágil
situação, sua posição
já esteve pior. Até 2003, a espécie
era considerada "criticamente ameaçada
de extinção". Esse grau de ameaça
pode mudar. Estudos realizados pelos pesquisadores
da AMLD estimam que para o mico-leão-dourado
sair do risco de extinção, deve haver
uma população mínima de 2.000
micos vivendo livres em 25.000 hectares de florestas
protegidas por lei até o ano de 2.025.
"Sabemos que a meta só será alcançada
com a integração de esforços
multi-institucionais, multi-nacionais e com a efetiva
participação da sociedade brasileira.
Por isso, além das sólidas parceiras
que já tem com instituições
não-governamentais brasileiras e estrangeiras,
proprietários rurais, zoológicos e
os poderes públicos em todos os níveis
estamos abrindo as novas adoções",
explica Rambaldi.
A adoção simbólica de uma família
de micos-leões-dourados é equivalente
a uma doação de R$ 15 mil (valor para
o Brasil) à Associação Mico-Leão-Dourado.
No exterior, a contribuição é
de US$ 5 mil. Cada adoção é
valida por um ano e o adotante recebe um kit-adoção
com camiseta exclusiva, adesivo e o Certificado
de Adoção com o nome dado à
família, escolhido pelo colaborador. O "padrinho"
também fazer visitas aos micos em seu habitat
natural duas vezes durante o ano, além de
acompanhar o desenvolvimento da família adotada
na Mata Atlântica por meio de boletins periódicos
sobre os filhotes nascidos, migrações
e predação.
O Instituto Embratel 21, é a primeira empresa
privada no Brasil a adotar os micos leões.
A empresa associou-se ao projeto adotando 21 famílias
de micos-leões-dourados, contribuindo para
a sua conservação e também
da Mata Atlântica.
Quem já
adotou os micos-leões-dourados
No Brasil:
Instituto Embratel 21: 21 famílias de micos
No Exterior:
(cada instituição adotou uma família
de micos)
Zoológico de Copenhagen, Dinamarca
Zoológico de Marwell, Inglaterra
Zoológico de Colchester, Inglaterra
Parco Zoo Punta Verde – Itália
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom