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REUNIÃO
COM LULA NÃO ENTUSIASMA LIDERANÇAS
INDÍGENAS
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Maio de 2004
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A impressão
geral dos 25 representantes do movimento indígena
da primeira audiência com o presidente varia
entre ruim e razoável. O governo pediu paciência,
afirmou estar comprometido com as causas indígenas,
mas não anunciou nenhuma medida em favor
dos povos. Apenas declarou, mais uma vez, que a
homologação da TI Raposa Serra do
Sol (RR) está próxima e irá
agradar aos índios. Nenhuma novidade além
da imagem com cocar Xavante em jornais e TVs.
A imagem aos jornais e TVs está garantida:
Lula com um cocar Xavante, presenteado pelos índios.
Já a avaliação geral das lideranças
indígenas do encontro com o presidente Lulavaria
entre ruim e razoável. “Ficou tudo em aberto.
Ele não nos deu garantia de nada. Fez um
pronunciamento em que afirmou que não pode
nos falar de prazos para implementar ações”,
afirmou Pedro Garcia, da Federação
das Organizações Indígenas
do Rio Negro (Foirn) que, apesar de tudo, acredita
ter sido positiva a iniciativa do presidente de
reunir-se com lideranças indígenas,
entre as quais Jecinaldo Satarê-Mawé,
da Coordenação das Organizações
Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab);
Jaci Makuxi, do Conselho Indígena de Roraima
(CIR); Pedro Garcia, da Federação
das Organizações Indígenas
do Rio Negro (Foirn); e Maninha Xukuru-Kariri, da
Articulação dos Povos e Organizações
Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito
Santo (Apoinme).
Também participaram do encontro, que durou
cerca de uma hora e meia, Luiz Dulci, secretário-geral
da Presidência da República, Cezar
Álvarez, subsecretário-geral da Presidência
da República, Mércio Pereira Gomes,
presidente da Fundação Nacional do
Índio (Funai), Valdi Camárcio, presidente
da Fundação Nacional de Saúde
(Funasa), Andrea Butto, assessora especial do Ministério
do Desenvolvimento Agrário (MDA), Kleber
Matos, coordenador de Educação Escolar
Indígena do Ministério da Educação
(MEC). Acompanharam a reunião os deputados
Edson Duarte (PV/BA), Perpétua Almeida (PC
do B/AC) e Eduardo Valverde (PT/RO) e os senadores
Sibá Machado (PT/AC) e Fátima Cleide
(PT/RO), da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos
Indígenas.
As lideranças indígenas apresentaram
demandas relacionadas à demarcação,
proteção e gestão sustentável
de Terras Indígenas (TIs), à criação
de um novo órgão indigenista, à
participação indígena nas políticas
públicas, à melhoria da saúde
e educação indígena e à
valorização cultural.
No documento entregue ao presidente - leia na íntegra
abaixo-, além da urgente homologação
contínua da TI Raposa Serra do Sol, reivindicam
comprometimento político e garantia de recursos
suficientes para a identificação e
demarcação de todas as Terras Indígenas
até o final de 2006; a imediata desintrusão
das TIs invadidas por fazendeiros, madeireiros,
garimpeiros e outros invasores; a proteção
integral ao povo Cinta-Larga; a criação
do fundo indígena para conservação
e recuperação da biodiversidade, como
forma de pagamento e compensação dos
serviços ambientais prestados pelas TIs;
e criação imediata de um Grupo de
Trabalho Interministerial (GTI) para a construção
do Programa Integrado de Gestão Territorial,
Proteção e Recuperação
da Biodiversidade em TIs. Pedem ainda apoio do governo
para a realização nos próximos
12 meses de conferências regionais e nacional
dos povos indígenas para a construção
de uma nova política indigenista e a reformulação
do órgão indigenista oficial por meio
da criação de um secretaria diretamente
ligada à Presidência da República,
com status de ministério.
O balanço do atual governo pelo movimento
indígena não é nada animador.
Trinta e um indígenas assassinados em 2003,
a maioria na defesa de suas terras. Aumento das
invasões às TIs como conseqüência
da não regularização e da falta
de um sistema integrado de proteção
e vigilância. Retrocessos nos processos de
regularização fundiária das
TIs. Situação de calamidade pública
dos serviços de saúde indígena
em algumas regiões do país. Reconhecimento
e apoio efetivo à educação
escolar indígena diferenciada muito aquém
do avançado marco legal que a respalda.
O contraponto do governo cobriu, ainda que parcialmente,
alguns desses pontos. Trinta e duas TIs homologadas
até o momento, que somam mais de 4 milhões
e 800 mil hectares, além de oito em fase
de homologação e o objetivo de demarcar
136 áreas restantes. Em relação
à saúde indígena, os participantes
foram informados que o orçamento da Funasa
em 2003, estabelecido pelo governo anterior em R$
126 milhões, foi alterado para R$ 176 milhões,
com previsão neste ano de atingir R$ 225
milhões. Foi citada a criação
da Secretaria da Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade pelo MEC,
que estendeu a educação indígena,
antes limitada ao ensino fundamental, para os níveis
médio e superior; o aumento dos recursos
para merenda escolar de R$ 2,6 milhões (2002)
para R$ 11,6 milhões neste ano; a distribuição
de meio milhão de livros didáticos
neste ano e o investimento de R$ 16 milhões
no Programa de Gestão Territorial Participativa,
que envolve a Funai e os Ministérios da Agricultura,
do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário
e do Desenvolvimento Social.
A senadora Fátima Cleide, do PT, tem uma
avaliação diferente do encontro das
lideranças indígenas com o presidente.
“Penso que foi extremamente positivo e marca uma
nova fase da relação do governo com
o movimento indígena”, informou, destacando
o pedido de Lula de agilidade em decisões
que possam melhorar a qualidade de vida dos índios
para os representantes dos órgãos
governamentais presentes ao encontro, assim como
intensificação do canal de interlocução
do governo com os povos indígenas, estabelecido
após a queima simbólica, em praça
pública, de Compromisso com os Povos Indígenas
- parte do programa de governo do PT - pelo movimento
indígena da Amazônia no fim do ano
passado, em Manaus.
Ao ser questionado sobre a homologação
da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR),
Lula anunciou que está próxima e que
a decisão agradará aos índios,
segundo informou a deputada Perpétua Almeida.
“Não quero passar para a história
como um presidente que não cumpriu as promessas
feitas aos povos indígenas”, declarou Lula.
A expectativa de lideranças indígenas
é que o seminário O Estado Brasileiro
e Políticas da Diferença, que acontece
de 11 a 13/5, na Escola Superior do Ministério
Público da União, com organização
da Associação Brasileira de Antropologia
(ABA), seja também palco para
novas discussões sobre a (falta de) política
indigenista do governo Lula.
Documento
das lideranças indígenas ao presidente
Lula
Excelentíssimo
Senhor Presidente da Republica Federativa do Brasil
– Luiz Inácio Lula da Silva
“...Os governos deverão
consultar os povos interessados, mediante procedimentos
apropriados e, particularmente, através de
suas instituições representativas,
cada vez que sejam previstas medidas legislativas
ou administrativas suscetíveis de afeta-los
diretamente.” (Convenção 169 da OIT,
promulgada no dia 19/04/2004)
O Brasil é um país pluriétnico.
Os povos indígenas também fazem parte
desta sociedade brasileira, com suas diferenças
culturais. Este reconhecimento de respeito aos nossos
direitos e identidade indígena são
avanços que significam nossa própria
sobrevivência física e cultural.
O movimento indígena do Brasil aqui representado
busca um objetivo comum: a efetivação
plena de nossos direitos originários reconhecidos
pela Constituição Federal de 1988
Vossa eleição
a Presidência da Republica é marco
de esperança para todos, pois veio do Movimento
Social. Mas, passaram-se 14 meses de mandato, e
vemos o desrespeito aos nossos direitos se agravando:
::31 indígenas
assassinados no ano de 2003, a maioria na defesa
de suas terras; ::o cerco e as invasões às
terras indígenas aumentaram, como conseqüência
da não regularização e da falta
de um sistema integrado de proteção
e vigilância para essas terras. ::houve retrocessos
nos processos de regularização fundiária
das terras indígenas ::os serviços
públicos de saúde indígena
em algumas regiões configuraram situação
de calamidade pública; ::o reconhecimento
e apoio efetivo à educação
escolar indígena diferenciada em todos os
níveis ficaram muito aquém do avançado
marco legal que a respalda;
Nossas reivindicações
vêm em voz única para garantir que
não sejamos desrespeitados em nossos direitos.
É extremamente
necessária a consolidação,
proteção e gestão sustentável
das terras indígenas
::É legal,
necessário e urgente o decreto de homologação
da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, conforme
já demarcada pela Portaria no 820/1998 do
Ministério da Justiça.
::Comprometimento
político e garantia de recursos suficientes
para a identificação e demarcação
imediata e completa de todas as Terras Indígenas,
até o final de 2006
::Imediata desintrução
das terras indígenas, invadidas por fazendeiros,
madeireiros, garimpeiros e outros invasores;
::Proteção
integral ao Povo Cinta Larga e a todos os Povos
que se encontram sobre ameaças de qualquer
natureza.
::Constituição
imediata de uma Força Tarefa Interministerial
para criar Planos Permanentes de Proteção
das Terras Indígenas bem como assegurar recursos
e condições necessários para
a sua manutenção e a participação
direta das comunidades indígenas.
::Indenização
e compensação socioambiental pelos
danos causados ao patrimônio indígena
em decorrência de impactos de grandes projetos
e outros empreendimentos executados dentro ou nas
proximidades das terras indígenas;
::Implementação
de política especial de proteção
aos povos indígenas isolados (sem contato);
::Estabelecer normas
oficiais, definindo regras para a ocupação
diferenciada e sustentada do entorno das Terras
Indígenas;
::Revogação
de todos os atos normativos que criaram Unidades
de Conservação sobrepostas as Terras
Indígenas e que os recursos destinados para
o IBAMA sejam repassados para as comunidades afetadas
para realizar a conservação;
::Criação
imediata de Grupo de Trabalho Interministerial para
construção de Programa Integrado de
Gestão Territorial, Proteção
e Recuperação da biodiversidade das
terras Indígenas.
::Criação
de fundo indígena para a conservação
e recuperação da biodiversidade, como
forma de pagamento e compensação dos
serviços ambientais prestados pelos territórios
indígenas.
::Realização
de diagnóstico etnoambiental participativa
e etno-zoneamentos (mapeamento com participação
indígena) em todas as Terras Indígenas
com vistas à realização de
Planos de Gestão territorial efetiva e sustentável.
::Reconhecimento
por parte do poder público brasileiro dos
recursos genéticos e conhecimentos tradicionais
associados como patrimônio dos povos indígenas,
apoiando e defendendo juridicamente contra as empresas
e/ou pessoas que fizeram e estão realizando
o patenteamento dos recursos ilegalmente.
::Realização
de estudos para a organização e sistematização
de informações e procedimentos relacionados
ao conhecimento tradicional associado à biodiversidade,
com o consentimento prévio e informados dos
povos indígenas envolvidos.
::Regulamentação
e apoio ao manejo de forma sustentável pelos
povos indígenas, dos recursos naturais pertencentes
ao seu patrimônio.
::Criação
da categoria de Agentes Indígenas Ambientais
e de Gestão Sustentável , bem como
recursos para a qualificação dos mesmos.
::Garantia de terras
e recursos financeiros para o desenvolvimento sustentável
dos indígenas que vivem fora das Terras Indígenas
::Apoio às
iniciativas de produção alimentar
básica nas terras indígenas e outras
formas de geração de renda para os
povos indígenas, que garantam a segurança
alimentar incluindo a capacitação
de recursos humanos em Alimentação
e Nutrição com base no respeito à
diversidade cultural de cada povo indígena.
Queremos
um verdadeiro dialogo Interetnico e Participação
Indígena nas Instituições e
Políticas Públicas
::Apoio integral
do Governo Federal na realização,
nos próximos 12 meses, das Conferencias Regionais
e Nacional dos Povos Indígenas para discussão
de propostas para construção de uma
nova política indigenista que contemple a
realidade e diversidade dos povos indígenas.
Tal como reabertura da discussão do Novo
Estatuto dos Povos Indígenas.
::Assegurar a participação
de representantes indígenas em conselhos
federais e estaduais das políticas setoriais,
de forma paritária, para deliberar as políticas
voltadas aos Povos Indígenas (saúde,
educação ambiental, etc) , devendo
ainda participar de forma permanente do quadro de
recursos humanos nos órgãos de execução
dessas políticas.
::Apoiar o estabelecimento
de mecanismos diferenciados de participação
indígena nos legislativos federal, com a
criação de 1 vaga para senador indígena
por região nacional e uma vaga para deputado
federal por Estado que possui população
indígena, a serem escolhidos diretamente
pelos próprios índios.
Imediata
criação de um novo Órgão
Indigenista
::Criação
de uma Secretaria, com status de Ministério,
diretamente ligada à Presidência da
República, com atribuições
a serem definidas pelo Movimento Indígena,
implicando na reformulação do Órgão
Indigenista Oficial, com ampla participação
dos índios;
::Criação
de uma instância interministerial, Conselho
Nacional de Política Indigenista, com participação
paritária dos índios, que formule
o planejamento, acompanhe a execução
e proceda a avaliação das políticas
públicas do Estado voltadas para os povos
indígenas.
::Priorizar uma imediata
integração de esforços do conjunto
dos ministérios e órgãos governamentais
que trabalham no cumprimento da proteção,
etnodesenvolvimento e medidas implementadoras dos
direitos dos povos indígenas; com vistas
a tornar mais eficiente e eficaz as políticas
publicas para povos indígenas
Apoio do
Governo Federal a uma Legislação Indigenista
nos termos da Constituição de 1988
A Constituição
brasileira é um dos instrumentos mais avançados
em matéria de direitos indígenas na
América Latina. Na prática, porém,
ela foi e continua sendo sucessivamente desrespeitada.
Os capítulos da Constituição
referentes aos povos indígenas não
foram até hoje regulamentados, através
do Estatuto dos Povos Indígenas, e as terras
indígenas não foram demarcadas no
prazo estabelecido pela Carta Magna. Não
há como mexer com o que se encontra em baixo
da terra e outros recursos naturais sem afetar com
quem está na nesta terra.
::As normas regulamentadoras
que afetem os direitos constitucionais indígenas
deverão passar por um processo de discussão,
consulta com os povos indígenas, tal como
reconhece a Convenção 169-OIT.
::Que o Congresso
Nacional retome a discussão do Novo Estatuto
dos Povos Indígenas, considerando as discussões
em Conferencias Regionais e Nacional dos Povos Indígenas,
atendendo a realidade e os anseios e propostos.
::Projetos de Leis
que tratam da exploração dos recursos
hídricos e minerais em Terras Indígenas
que ora tramita no Congresso Nacional deve ser discutido
junto com o novo Estatuto dos Povos Indígenas.
::Que o Governo Lula
se manifeste pela rejeição as Propostas
de Emenda Constitucional (PECs) que desloquem a
competência para Congresso Nacional a competência
de demarcar e homologar as terras indígenas,
bem como toda e qualquer proposta que restringem
os direitos do povos indígenas.
::Que o Governo oriente
sua Bancada a acelerar a tramitação
de um Projeto de Lei de Acesso a Recursos Genéticos
que efetivamente leve a proteção da
biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais
dos povos indígenas contra biopirataria
::Pela revogação
do decreto 4412 e imediata discussão do estabelecimento
de novas regras de convivência entre povos
indígenas e forcas armadas
Saúde
e Educação
::Que o Ministério
da Saúde assuma de fato a execução
direta das ações e serviços
de atenção à saúde indígena,
mediante a realização de concurso
público específico e lotação
de recursos humanos capacitados nos Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEI’s), com possibilidade
de parcerias com organizações indígenas,
assegurando assessorias técnicas especiais,
atuando de forma integrada ao SUS e articulada com
os órgãos responsáveis pela
Política Indigenista do país, garantindo
atenção de qualidade, específica
e diferenciada de acordo com a realidade e cultura
de cada povo indígena.
::Criação
do Conselho Nacional de Saúde Indígena
para deliberar sobre as políticas de saúde
indígena no Ministério da Saúde;
::Que o Governo Federal
disponibilize recursos suficientes para o Saneamento
Básico nas Terras Indígenas, a promoção
da medicina tradicional indígena, a formação,
capacitação e reconhecimento dos Agentes
Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes
Indígenas de Saneamento (AISAN), e o funcionamento
efetivo do controle social por parte dos Conselhos
locais e Distritais;
::Que o Governo Federal
crie um fundo específico ou garanta dotação
orçamentária suficiente, sem contingenciamentos
para a saúde dos povos indígenas;
::Que a União
e os Estados cumpram com suas responsabilidades
a respeito da educação escolar indígena,
conforme determina a Lei de Diretrizes de Bases
(LDB) e Resoluções específicas;
assegurando os recursos financeiros necessários
para a implementação da Política
Educacional prevista em lei;.
::Garantir o acesso
de todos os indígenas à educação
de qualidade (pré-escola, ensino fundamental,
ensino médio e ensino superior), de forma
continuada e permanente, nas aldeias, na terra indígena
ou próxima das mesmas, conforme a necessidade
de cada povo, em condições apropriadas
de infra-estrutura, recursos humanos, equipamentos
e materiais. Ou se for o caso, garantir condições
de moradia e de auto-suficiência (casa de
apoio) para aqueles que vão morar nas cidades
para continuar os estudos.
::Condições
de igualdade para a concorrência dos indígenas
nas vagas universitárias, estimulando a criação
de Pré-vestibulares e vestibulares específicos
para população indígena, e
o ensino científico integrado com o conhecimento
tradicional para os estudantes indígenas.
::Reconhecimento
e implementação da categoria escola
indígena em todos os Estados, com calendário
diferenciado e apoio operacional técnico,
financeiro e político, bem como o reconhecimento
da categoria de professor indígena pelos
Estados, conforme estabelece a legislação
vigente;
::Garantir autonomia
pedagógica e administrativa para a gestão
das escolas indígenas, de acordo com a realidade
de cada povo;
Identidade
e Valorização das Culturas
::Que o Ministério
da Cultura venha a promover programas e ações
que valorizem, resgatem e divulguem a cultura dos
povos indígenas.
::Que o Órgão
Indigenista priorize o processo de reconhecimento
dos Povos Ressurgidos
Assim Senhor Presidente
Lula, diante da gravidade das ameaças aos
direitos indígenas que estamos presenciando
neste momento, simbolizada no atentado aos processos
de regularização e proteção
de nossas terras em todo o Brasil, viemos aqui olhar
no seus olhos para termos certeza que eles ainda
trazem o brilho da esperança de um Brasil
justo e plurietnico. Queremos mudanças positivas,
com ações afirmativas que demonstre
o compromisso do Governo Federal com os povos indígenas.
O medo não deve vence a esperança.
Nos fazemos parte desse Brasil e queremos contribuir
com a construção de um pais melhor.
Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
(www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa (Cristiane Fontes)